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Campo Grande

10/01/2023 15:00

Policiais que assistiram agressões no CMO e nada fizeram podem ser até demitidos

Caso em MS deverá ser investigado pela Corregedoria da PM

Casos da inércia da Polícia Militar chamaram atenção nos atos de terrorismo em Brasília (DF), mas também em agressões contra jornalistas em Campo Grande. O crime ocorreu ontem (9) no Comando Militar do Oeste, em Campo Grande, sob os olhos de policiais, que nada fizeram.

Embora as investigações a respeito desses agentes ainda estejam em andamento, ou nem começaram como aqui em Mato Grosso do Sul, especialistas pontuam que eles podem ser punidos com exoneração e mesmo detenção, a depender da abordagem do caso. 

Segundo o site UOL, o advogado do Fórum Brasileiro de Segurança Pública Ivan Marques explica que uma das punições possíveis é a exoneração, ou seja, a dispensa do cargo público. Além disso, eles também podem ser detidos se for comprovado que infringiram regras do Código Militar. Essa é a avaliação de Arthur Trindade, do conselho do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e ex-secretário de Segurança Pública do DF. 

Entre as infrações previstas no Código Militar, estão: 

  • Deixar de desempenhar missão confiada ao militar. Pena: detenção, de um a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave. A punição aumenta se o agente tinha função de comando. 
  • Deixar de manter a força sob seu comando em estado de eficiência (válido para o comandante). Pena: suspensão do exercício do posto, de seis meses a um ano. 
  • Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, um ato para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Pena: detenção, de seis meses a dois anos. 
  • Deixar, por negligência, de observar a lei, favorecendo um ato com dano à administração militar: Pena: suspensão do exercício do posto ou cargo, de três a seis meses.

POR AQUI

Em MS, já há algum tempo, a inércia de vários agentes da PM também é observada e, na tarde de ontem (9), durante as agressões sofridas pelos repórteres do TopMídiaNews e do Campo Grande News, foi constatada, pelos presentes, certa demora em atender aos profissionais que eram agredidos e, ainda, a negação de que houvesse algum tipo de agressão contra eles. 

No caso, o repórter cinematográfico do TopMídiaNews, Wesley Ortiz, e a repórter do site CampoGrandeNews, Ana Beatriz Rodrigues, foram agredidos a socos e bandeiradas por bolsonaristas, durante a desocupação do CMO (Comando Militar do Oeste), em Campo Grande, enquanto estavam no local a trabalho, um direito garantido pela Constituição Federal de 1988.

No vídeo, é possível ver o momento em que os bolsonaristas acusam, de forma mentirosa, o repórter cinematográfico de agredir uma mulher em frente ao acampamento bolsonarista montado em frente ao CMO e, em seguida, parte para cima dele, agredindo-o com um soco no estômago e um tapa no rosto. 

Há três viaturas da PM (Polícia Militar) presentes no local e, além da agressão à equipe do TopMídiaNews, cerca de outros nove jornalistas de outros veículos da Capital foram hostilizados pelos manifestantes, e a repórter Ana Beatriz Rodrigues, do site Campo Grande News, também foi agredida com uma bandeirada no rosto. 

Logo após as agressões, um dos policiais disse aos repórteres que eles tinham o direito de ir até uma delegacia e prestar um boletim de ocorrência, mas que ele não tinha presenciado os fatos e que seria a versão dos profissionais, já que eles "estavam dizendo que foram agredidos". O mais curioso é que o mesmo agente aparece nos vídeos gravados pela equipe. 

O que diz a assessoria da Sejusp?

Em contato com a assessoria de comunicação da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), a orientação dada ao TopMídiaNews foi de registro de boletim de ocorrência, e/ou que fosse redigido um relato e entregue por escrito, com as provas das agressões anexadas ao documento, ao secretário de Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, a fim de que as denúncias sejam apuradas e os culpados, responsabilizados.

O TopMídiaNews repudia os ataques aos profissionais durante atos antidemocráticos.

Veja o vídeo:

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