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Campo Grande

28/10/2024 19:00

Pontual ou ganância? Multas de time de futebol dividem opiniões entre confeiteiras em MS

Caso repercutiu entre as confeiteiras depois que os times do Palmeira e do Vitória multaram confeiteiras pelo uso do escudo do time

Depois que microempreendedoras foram alvos de clubes do futebol brasileiro, como Palmeiras e Vitória, e foram multadas pelo uso do escudo dos times em bolos e canecas personalizadas, a notícia ecoou entre as profissionais em Mato Grosso do Sul, que se dividem a respeito dos casos.

Enquanto algumas veem as multas como algo pontual, a situação deixa outras profissionais em alerta.

Confeiteira há 15 anos, Patrícia da Silva Aranda, ficou em estado de alerta ao saber dos casos onde os dois times de futebol cobraram indenizações de R$ 1,8 mil e R$ 2 mil por usarem o símbolo dos clubes sem autorização. 

"Faço muito bolos de time, eles podem fazer isso com mais confeiteiros. Por enquanto foram esses 2 times, mas vão aparecer mais. Podem fazer isso em qualquer estado", disse ela.

A confeitaria é o ganha-pão de muitos microempreendedores que dependem desses bolos decorados para tirar o sustento. Tirar da lista dos personalizados os bolos temáticos de futebol prejudicaria muitas delas que fazem vários bolos de time para os clientes.

"Fazer um bolo temático com tema de time, é o cliente demonstrando o amor pelo seu time. Ficamos muito chateadas com toda essa situação por que ficamos com receio de fazer ou não, eu mesma não estou mais aceitando encomendas com times", comenta Mirian Alves que atua como confeiteira há 6 anos.

Para ela, criar trabalhos personalizados a base do time escolhido pelo cliente é demonstrar amor ao time do coração e multar os profissionais é podar tanto o trabalho de quem está criando, quanto da pessoa que deseja homenagear o time em forma de decoração.

"Será que isso irá prejudicar futuramente? Acho que o time deveria olhar para esse lado da confeitaria com olhar de demonstração de afeto, amor e de torcida, porque sem torcedor o time de futebol não existe", comenta.

Apesar do susto, há quem acredite que os casos tenham sido pontuais e não deve acontecer novamente.

"Como foram poucos casos, não acredito que isso vá se estender. Acredito até que tenha sido resolvido e não aconteça mais", disse uma confeiteira de Campo Grande que preferiu não ser identificada.

Quem são as profissionais multadas

Natália Cristine Dias, de 26 anos, recebeu uma carta da empresa Nofake, que se dizia representante do Palmeiras, cobrando uma indenização de R$ 1,8 mil por vender por R$ 28 uma caneca com o símbolo de um dos maiores clubes da capital paulista, sem autorização.

"Apaguei a postagem na hora, entrei em contato com eles por e-mail e realizei o pagamento, em quatro vezes de R$ 450", contou em entrevista ao G1.

Procurado, o Palmeiras informou por meio de nota que suas marcas são registradas e que “conta com uma área destinada ao combate à pirataria, da qual fazem parte empresas especializadas em identificar produtos e serviços comercializados sem a devida autorização do clube”.

Questionado, o clube não informou quantas notificações foram emitidas por uso indevido de sua marca nem quanto arrecadou com essa ação.

A artesã Patrícia França foi multada em R$ 1,6 mil por usar o escudo do Vitória em itens para uma festa de aniversário. Após a repercussão do caso, o clube informou que reformularia suas diretrizes e que passaria a pedir indenização apenas de grandes empresas que usarem o distintivo do clube sem autorização.

As “novas diretrizes” do clube preveem que os microempreendedores serão apenas notificados.

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