Plano emergencial contra surto de gripe enfrentado por Campo Grande avalia o fechamento das escolas públicas, caso seja necessário. A informação foi repassada na manhã deste sábado (26), durante anúncio de que a prefeita Adriane Lopes decretou situação de emergência na saúde pública do município.
Conforme a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, as medidas de contingência da circulação do vírus da gripe deverão ter início nesta segunda-feira (28) e diversas medidas são avaliadas e serão tomadas. Entre as análises está o fechamento das escolas.
Segundo a prefeitura, caso ações emergenciais não sejam suficientes, as aulas deverão ser suspensas. Rosana alerta que, como medida de contenção, vacinas estão sendo aplicadas aos alunos nas escolas públicas.
Segundo a secretária, postos de saúde e hospitais da cidade estão sobrecarregados devido ao grande número de casos de SRAG (Síndrome Respiratoria Aguda Grave). Já não há mais leitos infantis para casos de Influenza.
"Uma das grandes preocupações da prefeita são as crianças. Já são mais de 70 mortes desde janeiro, sendo 4 crianças abaixo de 4 anos, óbitos de duas crianças abaixo de 1 mês e uma de 1 mês. Pode se aventar a possibilidade de não ter aulas? Pode. No momento não há necessidade. O mais importante é evitar aglomeração, pois o sistema imunológico das crianças é muito frágil, ainda em formação", alerta.
Decreto de Emergência
Rosana Leite de Melo explicou que a decisão foi motivada pela situação epidemiológica crítica que a cidade enfrenta. Segundo ela, a emergência foi inicialmente localizada, mas a tendência é de agravamento.
A medida terá validade inicial de 90 dias e busca dar agilidade às ações de enfrentamento da crise. A decisão foi motivada pela situação epidemiológica crítica que a cidade enfrenta.
Segundo Rosana, a emergência é inicialmente localizada, mas a tendência é de agravamento. "Ativado a emergência localizada e as soluções locais. A localizada, porque a situação do município ainda consegue, com várias instituições, continuar a mostrar planos de contingência, para promover, conter e até eliminar esse agravo que está acontecendo", detalhou.
Rosana alertou que o crescimento no número de casos deve persistir nas próximas semanas. "A tendência nossa, do município, é que haja esse crescimento nas próximas semanas, que tenha esse crescimento que houve nas duas, três semanas anteriores, e que isso se mantenha nas quatro e seis semanas posteriores. Se nós não conseguirmos mitigar, controlar e eliminar, a tendência vai só crescer", afirmou.