Os professores e funcionários administrativos de todo Mato Grosso do Sul devem paralisar suas atividades na próxima sexta-feira (10) e prometem fazer uma manifestação no centro de Campo Grande.

Segundo o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Botareli, os trabalhadores querem reivindicar os direitos da categoria e dizer não aos cortes de recursos da educação.

O movimento é nacional e, na Capital de MS, a concentração promete reunir de oito a dez mil pessoas às 9h da manhã de sexta-feira, na praça do Rádio Clube. Em seguida, os manifestantes percorrerão várias ruas do centro da cidade.  

Ainda conforme o presidente da Fetems, a categoria reivindica a defesa da democracia, e são contra o fim do piso salarial e da hora-atividade, contra a reforma da previdência e o fim da aposentadoria especial dos professores, não querem a privatização das escolas públicas, através das Organizações Sociais e da Militarização.

Os representantes da categoria também discordam da retirada da obrigatoriedade dos recursos da Educação Pública (18% da União e 25% dos Estados e Municípios) da Constituição Federal, querem combater a alteração do regime de partilha na exploração do Pré-sal que destinaria recursos para a educação e saúde, e são contra a entrega de nossas riquezas naturais, como o petróleo, para o capital estrangeiro.

Outro tema polêmico e que também está na pauta da mobilização de sexta-feira é a Lei da Mordaça, que está sendo debatida em todo o território nacional e está em processo de votação na Rede Municipal de Ensino de Campo Grande. A categoria repudia a Lei que tem a intenção de proibir e mandar para a cadeia os professores que debaterem em sala de aula questões de religião, sexualidade (conscientização, igualdade de gênero, violência contra a mulher, homofobia e política).