O protesto contra a reforma da previdência no Centro de Campo Grande paralisou o trânsito por trinta minutos criando congestionamento de veículos. Entretanto, os motoristas afetados acham positivo o ato e apoiam a manifestação.

O protesto interditou a Avenida Afonso Pena do cruzamento com a Rua 14 de Julho até a Rua Rui Barbosa e a Rua 13 de Maio, entre a Rua Barão do rio Branco e a Rua 15 de novembro. A organização do protesto iniciou passeata percorrendo a Rua Treze de Maio, a Rua 7 de Setembro e Avenida Calógeras.

Preso no congestionamento, o cabeleireiro Sérgio de Lima, de 50 anos, considera o protesto positivo e que ele não vê problema nenhum em aguardar o protesto passar. “O Brasil hoje não vai andar. Brasil vai ficar parado. Poderia deixar o carro estacionado. Imaginei que ia demorar bastante. O povo está certo. Tem que ir para as ruas pelos direitos”, disse.

A vendedora Aline Cardoso, de 27 anos, também estava no congestionamento, mas afirmou que não se importa em chegar atrasada em seu compromisso. “Se o povo não se manifestar, os chefões da política fazem coisas para o beneficio próprio. Trabalhador brasileiro tem que ir para a rua para impedir atitudes que prejudiquem o povo”, disse.

Um moto taxista, que não quis se identificar, não conseguiu sair do ponto que fica na praça Ary Coelho para atender um cliente. Estacionou a moto e foi comer um pastel. “Estou com muita raiva por perder essas corridas. Protesto tem que ser feito em local onde não afeta os motoristas e trabalhadores. Precisava fazer uma corrida e não vou conseguir”, destacou.