O totem com quatro metros de altura, dotado de seis câmeras, foi retirado da rua da Divisão, no bairro Parati, após o período de teste. Em março, os policiais militares passaram nos comércios e abordaram os pedestres, moradores e lojistas na região sul, fazendo a pesquisa e nesta semana, o equipamento foi retirado do local.
O freteiro João Benedito Costa, 45 anos, comentou que os moradores querem fazer protesto. "No domingo de manhã o movimento nessa rua é bem menor. Acho que tiraram nesse dia para os moradores não fazerem protesto. Tem comerciantes indignados. Era bom. Todos sabiam que era teste, mas tem morador querendo protestar para voltar o totem".
A comerciante Natalia Chaves, 27 anos, tem uma loja de roupas infantis na frente do local em que estava o totem e participou da pesquisa dos policiais. "Eles perguntaram há quanto tempo tenho o comércio aqui na frente do totem e o que sabia a respeito do equipamento. Respondi que sabia que era fase de teste, mas inibiu os assaltantes. Diminuiu a violência. Os carros passavam em velocidade normal. Quero que volta. É bom para a nossa segurança".
O equipamento tinha comunicador com mensagens de advertência e intercomunicador para a população acionar a base do pelotão do Aero Rancho e fazer a denúncia na hora do fato.
"Uma mulher foi assaltada na lotérica. Na hora ela veio correndo e apertou o botão do pânico e falou com os policiais. Eles vieram e prenderam os ladrões", disse o porteiro Emerson Laranjeira, 29 anos.
O totem não teve custos para a Polícia Militar enquanto estava sendo avaliado pelo Comando Metropolitano. Caso fosse aprovado, teria que ocorrer uma licitação para aquisição dos equipamentos, que custa em torno de R$ 140 mil, devido às 5 câmeras fixas, uma que gira 360° com suporte para captar 1.500 metros.
"O totem inibia as imprudências no trânsito. Nessa faixa de pedestre os motoristas paravam para os pedestres. Todos sabiam que era teste mas tinham medo de serem multados. Não tinha placas que avisavam que multava".
O policial alertava as pessoas dos perigos através do alto falante. Conforme a a ssessoria de imprensa da empresa, Helper Tecnologia de Segurança, que administra o serviço, no período em que o equipamento, denominado posto avançado de segurança esteve instalado, os resultados foram positivos.
Ainda conforme a empresa, o Totem foi retirado por causa do fim do prazo de teste, que ocorreu gratuitamente. Primeira reunião aconteceu no mês passado e uma nova deve ser agendada na Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) para definir sobre os rumos do projeto.
