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Campo Grande

Secretário culpa Olarte por falta de medicamentos; vereadora cita mesmo problema com Bernal

30 setembro 2015 - 13h44Por Rodson Willyams e Dany Nascimento

O secretário Municipal de Saúde, Ivandro Corrêa, afirmou, durante a audiência pública sobre o setor nesta manhã (30), que a administração do prefeito afastado Gilmar Olarte entregou menos remédios do que foi licitado nas unidades de saúde de Campo Grande. Segundo ele, citando exemplo com informações da pasta, a cada 100 produtos comprados, apenas 30 eram entregues. Porém, o secretário foi "lembrado" na Câmara Municipal que Alcides Bernal, do PP, já foi denunciado também por falta de medicamento nos postos.

"Ao analisar os documentos da prefeitura, da Secretaria de Saúde, constatamos que algumas licitações feitas para compra de remédios para o abastecimento das unidades de saúde não correspondem com o que foi entregue no estoque", comentou o titular da pasta, no evento realizado na Câmara Municipal.

Corrêa ainda afirmou que a prefeitura abriu sindicância para apurar as supostas irregularidades, e que o caso será encaminhado para os órgãos competentes, para providências necessárias.

"A prefeitura não abre mão desta questão. Tem ainda a locação de um equipamento de Israel que custou R$ 198 mil, mas pelo que vimos, o aparelho só foi usado quatro vezes. Apesar de ser importante, ele não foi usado e isso acabou sendo um gasto desnecessário", disparou Ivandro.

O secretário disse aos vereadores que a prefeitura está cumprindo todas as determinações. "Nós recebemos a secretaria com dificuldades, mas agora nós já estamos com 98% das unidades de saúde abastecida".

Mal-estar

Ao final da audiência, uma saia justa acabou ocorrendo entre a vereadora Carla Stephanini, do PMDB, e Corrêa. Na oportunidade, a parlamentar lembrou que, durante a primeira gestão do prefeito Alcides Bernal, do PP, a população também chegou a ter dificuldades para ter medicamentos. Porém, o caso foi rebatido pelo secretário.

"A senhora foi feliz ao mencionar essa questão de falta de medicamento quando assumimos a prefeitura [naquela época]. Mas o que esqueceu de pontuar foi que quem provou isso e deveria abastecer foi o gestor anterior, ex-prefeito Nelsinho Trad, que fez parte do seu partido. A culpa não do Bernal quem deveria ter abastecido saúde antes de sair, ter feito a licitação antes de deixar a Capital, era ele", finalizando a audiência. A vereadora não quis comentar o caso.