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Campo Grande

Secretário de governo é vaiado ao tentar defender prefeito em manifesto

28 março 2016 - 12h15Por Mariana Anunciação e Izabela Sanchez

Aos gritos “Desce Bernal... Vem Bernal”, cerca de 400 pessoas entre servidores do setor administrativo dos Ceinf´s (Centros de Educação Infantil) e das Escolas Municipais de Campo Grande organizaram um manifesto, nesta manhã (28), na frente da Prefeitura Municipal, no Centro, para reivindicar melhorias trabalhistas. O clima foi tenso, já que os manifestantes vaiaram o secretário de governo, Paulo Pedra, que tentava amenizar os ânimos.

A monitora da Escola Padre Tomaz Ghirardelli, no Dom Antônio Barbosa, que não quis se identificar com receio de represálias, fez questão de participar do movimento. “Estamos reivindicando aumento salarial de 15% e do vale alimentação de 150%. Também queremos reestruturação de carreira, como efetivação de carga de 6h. O Decreto regulamenta, mas queremos que seja efetivo, assim como plano de cargo e carreira”, explicou.

“Já estamos desde fevereiro protocolando documentos e pedindo negociação com a prefeitura, sem obter respostas. já encaminhamos 48 propostas”, contou o presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande), Marcos Tabosa. Ele acompanhou a mobilização utilizando um caminhão de som e se pronunciando pelo microfone: “Queremos o que é nosso por direito”.

Com a saída do secretário do governo, houve uma espécie de conflito entre os manifestantes e o representante do prefeito.  Já que Paulo Pedra tentou convencer que Bernal tem diálogo e vai atendê-los. No entanto, os manifestantes se mostraram totalmente descrentes no gestor e ‘atacavam’. “Ele tem o maior carinho por vocês”, dizia Pedra, enquanto a categoria vaiava, com grande intensidade.

Assim como os demais presentes, Ivanir Ferreira da Silva, funcionária que trabalha na Escola Municipal Osvaldo Cruz busca melhorias. “Queremos aumento salarial. Principalmente, efetivação de 6h e do plano de carreira”, dizia, enquanto batia panelas em meio à multidão. O protesto contou com a presença da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal.

 


Diálogo

Depois do tumulto, Tabosa chegou a negociar com Paulo Pedra. O tom do secretário de governo era dizer que o prefeito é sociável, demonstrando a imagem de alguém que se preocupa com a população carente, como a cidade de Deus. Apesar de Pedra falar que Bernal é sociável, as pessoas não acreditavam. “Prefeito está estudando a questão do reajuste”, contou.

Ao ser indagado pelo Top Mídia News, sobre o que repassaria para o prefeito, Pedra disse: “Estou com um ofício e na quarta-feira (30), vamos sentar com o sindicato para vermos o índice que daremos”.  Em contrapartida, Tabosa informou que na quarta, às 16h, o Sisem se reunirá na Prefeitura, novamente, para negociar. Mas lembrou, que está previsto a greve na quinta-feira (31), como dito anteriormente, caso a categoria não seja atendida.

Tabosa já sinalizou que não acatará os 7% que ouviu falar extraoficialmente.  “Está dizendo que aqui existe sindicato pirata? Não queremos favor, Queremos aumento justo. Somos uma instituição, temos que ser recebidos como tal. A principal reivindicação é o aumento linear de 15% no salário, na bolsa alimentação e de 80% pró-funcionário”, destacou.

Para finalizar, o presidente da entidade alertou que a paralisação irá interferir na vida de muitos, visto que o sindicato representa o total de 10.500 servidores e apenas 2 mil pessoas informaram que não entrarão em greve.