A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) informou que vai abrir um processo de sindicância para apurar a denúncia do médicos flagrados dormindo no horário de plantão na madrugada do dia 31 de dezembro, no UPA Nova Bahia, em Campo Grande.
A Sesau orienta que, em situações como essa, a pessoa formalize a denúncia no momento do ocorrido, através da Ouvidoria (3314-9955), para que as medidas cabíveis sejam adotadas.
A instituição alegou, ainda, que os profissionais trabalham por turnos e são previstos horários de descanso. No entanto, conforme previamente apurado, nenhum profissional se ausentou da unidade na referida data ou não cumpriu devidamente o seu turno de atendimento.
O caso
O casal Fabiana Oliveira, de 40 anos, e seu marido Rogério Neves, ficaram revoltados ao procurarem atendimento médico na UPA do Nova Bahia, em Campo Grande. No local haviam dois médicos que segundo o casal, estavam dormindo no momento do plantão.
Fabiana procurou a unidade após seu marido se queixar de fortes dores no estômago. O casal chegou no local, não tinha mais pacientes e foi rapidamente atendido na triagem.
Nesse momento, eles foram orientados a esperarem ser chamados pelo médico. Ao ver que o atendimento estava demorando muito, Fabiana se alterou, foi até um corredor da unidade e gritou porque o atendimento estava demorando tanto e onde estava o médico.
Uma enfermeira então apareceu para conversar com ela e a profissional então afirmou haverem dois médicos e que eles estavam dormindo em uma sala. A enfermeira disse para a mulher que chamou um dos médicos por várias vezes, porém, ele não acordou.
Indignada com a demora e com a situação, Fabiana voltou na recepção e pediu a ficha médica do marido e disse que iam procurar outra unidade de saúde. A atendente se recusou a entregar o documento, foi quando a acompanhante pegou o celular e ligou para a Polícia Militar para denunciar o descaso.
Nesse momento, a denunciante conta que o companheiro foi rapidamente chamado por um dos médicos que apareceu na sala. Quando os policiais chegaram na unidade, o paciente já estava sendo atendido.
Fabiana disse que nunca passou por uma situação dessa e acha um absurdo esse descaso.
“Achei um descaso, não tinha ninguém naquele momento, o atendimento poderia se rápido, mas demorou mais de uma hora, porque os médicos estavam simplesmente dormindo”, disse a denunciante indignada.