A terapeuta ocupacional Marise Garcia Ferreira Lima, 42 anos, morreu, nesta segunda-feira (11), três semanas depois de sofrer queimaduras graves, no restaurante Linguiça de Maracaju, em Campo Grande. Ela estava internada no Hospital da Unimed. 

Conforme o esposo da proprietária do restaurante, Walter de Castro Neto, 42 anos, o caso ocorreu por volta das 15h30 do dia 19 de março, no estabelecimento que fica na rua Espírito Santo, no Jardim dos Estados. 

Conforme o relato de Neto, Marise estava com um amigo e já havia pedido um assado. Ele destacou que a cliente alertou o garçom, que o rechaud (peça de ferro que fica com fogo aceso para manter a comida quente), tinha se apagado na mesa dela. O funcionário então colocou álcool em gel na estrutura e, quando foi acender, ocorreu a explosão. 

Ainda conforme Walter, a explosão atingiu o rosto e o pescoço da vítima e as mãos do funcionário. Marise foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e internada no Hospital da Unimed. 

‘’Não sei se foi porque o rechaud estava quente ou ainda tinha álcool lá dentro, mas o fato é que explodiu’’, contou o esposo da proprietária, que se chama Wanessa Azambuja, junto da irmã, Bianca Azambuja. 

Neto destaca que o procedimento de acender o réchaud é correto e usado há 16 anos no restaurante. 

‘’Nunca tivemos um acidente, uma coisa dessa aqui’’, observou Walter.

Ele destacou que somente Bianca Azambuja estava no local quando ocorreu a explosão e que o Corpo de Bombeiros teria tirado foto do equipamento, informando que o procedimento estaria correto. 

Walter revelou que a direção do restaurante manteve contato constante com a família de Marise, para apoiar no que fosse necessário. Ele destacou que, soube que, há alguns dias, Marise havia tido melhora e saído da UTI, após uma cirurgia no rosto. 

‘’Só que ela contraiu uma infecção e voltou para a UTI. Ela teve uma piora e hoje de manhã soubemos que ela tinha morrido’’, contou Neto, que se mostrou bastante consternado com o ocorrido. 

‘’Minha cunhada [Bianca] está muito abalada. A perda de um ente querido é algo que não se mede’’, lamentou novamente Walter. O marido da proprietária destacou que o restaurante está à disposição para arcar com as consequências do acidente. 

A direção informou que a câmera de segurança do local não alcança a área onde ocorreu a explosão. 

Tentamos contato com o advogado que representa a família de Marise, mas a ligação não foi atendida. O espaço está aberto aos citados na reportagem.