Homem de 23 anos invadiu e ateou fogo na casa da ex-mulher, de 20 anos, com ela e duas crianças dentro da residência. A tia da vítima, não identificada, conversou com a imprensa que estava no local e relatou sobre o relacionamento abusivo.
A vítima sofria ameaças e agressões durante três anos de relacionamento. O último crime ocorreu na madrugada desta quinta-feira (08), no bairro Coronel Antonino, em Campo Grande.
Segundo a tia, a sobrinha chegou a pedir socorro a ela, mas como foi durante a madrugada ela já estava dormindo e acabou não ouvindo o celular tocar.
"Ela disse que ficou coagida lá dentro da casa, ele ficou o tempo todo na porta. Ela me mandou mensagem e ligou, mas como era de madrugada eu na vi a mensagem e nem ouvi a ligação."
Questionada sobre como era a aproximação dos dois após o término do relacionamento, há cerca de oito meses, ela conta que o autor do crime sempre usava a desculpa de fazer visitas para a filha, a crianças de um ano, que também estava dentro da casa no momento do incêndio.
"Ele sempre usou a desculpa de querer ver a filha para se aproximar dela. Não é de agora que ele a ameaçava, ela já tem medida protetiva contra ele e chegou a esse ponto, de acabar com tudo o que ela tinha."
O relacionamento entre os dois começou bem, mas pouco tempo antes do término se tornou abusivo e regado de agressões, xingamentos e discussões.
"Eles tinham um relacionamento que não dava certo, um relacionamento abusivo, e chegou ao ponto de acontecer o que aconteceu. Eram brigas, agressões, xingamentos e eu ainda não entendo como um homem que diz que é pai vinha falar que vai matar a própria filha", conta a tia.
A mulher ainda conta que não chegou a ver como a situação começou, e que o marido dela, tio da vítima, foi quem ouviu o pedido de socorro e chamou outros vizinhos e pessoas que passavam na rua para socorrer a jovem e as duas filhas.
"Eu não vi como foi, ela me contou que ele empurrou a moto, ela caiu no chão e começou a vazar gasolina, foi quando ela pegou o telefone para ligar para minha filha e meu marido. Ela estava trancada dentro de casa com medo dele, quando ela viu a moto pegando fogo ela saiu para tentar apagar e então a moto explodiu devido ao fogo. A porta principal da casa não abria e então ela começou a pedir socorro porque as crianças ainda estavam dentro da casa correndo risco."
Ainda tomada pela revolta, a mulher pede justiça, para que o autor seja punido e que o mesmo não aconteça com outras mulheres.
"Eu peço justiça e um retorno rápido para que isso não aconteça com outras mulheres o que aconteceu com ela aqui", finaliza a tia.
Caso
Um homem, de 23 anos, invadiu e ateou fogo na casa da ex-mulher, de 20 anos, com ela e duas crianças dentro do local. Os dois tiveram um relacionamento de três anos e uma filha juntos, mas já estavam separados há oito meses. O caso ocorreu na manhã desta quinta-feira (08), no Bairro Coronel Antonino, em Campo Grande.
Segundo informações apuradas no local, o casal já possuia um histórico de violência, que começou depois de um bom tempo de relacionamento. O suspeito é usuário de drogas, e segundo informações, ele já teria dado uma facada na vítima em outro momento durante o relacionamento, além disso, a vítima possui medida protetiva contra ele.
O suspeito sempre ia até a residência na tentativa de reatar o relacionamento com a mulher. Na madrugada desta quinta-feira (08) ele invadiu o local e então a mulher ligou para uma prima para pedir ajuda, quando ele ouviu, e, segundo depoimento, e achou que a mulher pudesse estar acionando a polícia.
Irritado com a situação, o suspeito então derrubou a moto da vítima e saiu, pouco tempo depois ele voltou e ateou fogo na moto, que se espalhou e atingiu a casa, onde a mulher estava trancada junto as crianças.
A mulher girou por socorro e um tio dela ouviu e pediu o auxílio dos vizinhos para estourar o portão e socorrer a vítima. Por sorte nem a mulher, nem as crianças ficaram feridos.
Após ser retirada do local, a polícia e o Corpo de Bombeiros foram acionados. No local estiveram presentes a Polícia Militar, Polícia Civil, DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher) e Corpo de Bombeiros.
Até o momento o suspeito não foi localizado e nem preso. A polícia continua em diligências para encontrar o autor do crime.