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Campo Grande

há 4 meses

Um ano após morte do filho, mãe luta na Justiça para provar negligência médica no caso Henry

Henry Pedro morreu após uma infecção generalizada causada por uma perfuração no intestino

Um ano e dois meses após perder o filho Henry Pedro, após complicações em decorrência de um erro médico relacionado à colocação de uma sonda gástrica, a mãe, Silmara Dayane Mendes Cruz, tenta provar na Justiça que Henry não morreu por paralisia cerebral, em Campo Grande. 

Desde dezembro de 2023, Silmara é obrigada a conviver com a dor da perda do filho de apenas 5 anos, segundo ela, por erro e negligência da equipe médica que ignorou as queixas e pedidos de investigação do caso do menino, no Hospital Regional.

Com o choro engasgado de saber que não deram ouvido a ela quando tentou alertar os médicos sobre o erro cometido com Henry, Silmara lembra dos últimos três meses de luta da família e cobra justiça pelo caso.

Ao TopMídiaNews, Silmara lembra que em 2023, Henry passou a necessitar de uma sonda nasogástrica, mas devido a dificuldades respiratórias, os médicos sugeriram a troca pela sonda gástrica, dizendo que era a única opção viável.

A mãe foi relutante, mas recebeu garantias de que a cirurgia seria segura, realizada com a ajuda de uma câmera, e que os riscos eram quase inexistentes. Mas, horas após o procedimento, a batalha da família começou.

"Ele chorava intensamente, mas não havia médicos disponíveis na pediatria do hospital para atendê-lo. Como medida, a equipe médica optou por aplicar morfina, que causou uma reação adversa, deixando o braço de Henry roxo", lembra a mãe.

Quando, finalmente, um médico apareceu, Silmara relatou que o abdômen do filho estava dilatado, mas nada foi feito. Após a alta, Silmara notou que Henry defecava automaticamente tudo que recebia de alimento.

"Filme, registrei que assim que ele se alimentava ele já defecava, estava passando direto, ele defecou leite, levei ao hospital e me chamaram de louca", detalha indignada.

Os médicos afirmaram que o leite nas fezes poderia ser um sinal de problemas no fígado ou rins, mas descartaram qualquer relação com a sonda. Silmara, insatisfeita com a falta de resposta, continuou indo e voltando ao hospital por dois meses, enquanto via o filho definhar sem se alimentar.

"Uma pediatra, sensibilizada pelo quadro de Henry, pediu que investigassem a posição da sonda gástrica. Após exames avançados, tomografia e raio-x de contraste, ficou claro o erro, a sonda estava mal posicionada, perfurando o intestino grosso. As fezes vazaram para a cavidade abdominal, provocando uma infecção generalizada", lembra.

Sem alternativa, foi necessária uma nova cirurgia de emergência para tentar salvar Henry, mas infelizmente, o quadro já estava gravemente. Henry estava saudável antes do procedimento, mas após dois meses permanecendo com o erro, foi levado a UTI (Unidade de Terapia Intensiva), onde permaneceu por um mês, teve piora, falência dos órgãos e não resistiu.

"O que nos mata é que o laudo de óbito diz que a causa da morte de Henry foi paralisia cerebral, algo descabido. A verdadeira causa foi a negligência médica em não investigar o erro da colocação da sonda desde o início. Durante dois meses, tentei alertar os médicos, mas fui ignorada", lamenta.

Com o apoio do Ministério Público, Silmara luta para provar que a causa da morte de seu filho não foi a paralisia cerebral, mas sim o erro médico que levou à perfuração do intestino e à infecção que causou a morte.

O advogado da família pediu uma perícia detalhada em toda a documentação do caso e solicitou uma terceira opinião de um legista para reforçar a tese de que a morte de Henry foi consequência da negligência médica. 

"Só quero que a justiça seja feita e, enquanto eu puder, lutarei para que isso seja feito, para outra família não passar pelo oque precisamos passar. Infelizmente o Henry teve a vida interrompida por erro medico. Arrancaram um pedaço de mim", diz Silmara.

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