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Campo Grande

Aos 5 anos, Bianca luta pela vida e solidariedade pode aproximar cura

Cadastramentos para doação de medula são esperança para que a menina alcance a superação de grave leucemia

25 janeiro 2019 - 18h40Por Amanda Amaral

Há três anos, a vida da pequena Bianca se passa boa parte em hospitais. Hoje, aos cinco, ela enfrenta o período mais delicado de uma leucemia resistente ao tratamento, e precisa de ajuda para continuar a sorrir com sua família e descobrir o mundo como sonha.

Apesar da medicação intensiva para combater a doença, seu organismo não consegue mais responder satisfatoriamente, explica a mãe Vanessa Pereira da Silveira, 26 anos. Agora, são dois desafios pela frente em busca da cura: conseguir medicação de alto custo e ter compatibilidade com doador de medula para passar por transplante. 

“A doença voltou muito alta depois de quase sumir e hoje está em 81%, mesmo com quimioterapia e radioterapia. O medicamento custa 100 mil reais, somadas todas as doses por três meses, para zerar a doença e, assim, ela poder realizar o transplante”, resume a mãe.  

A busca pela ajuda do Governo do Estado para conseguir o tratamento já começou, e teve a primeira tentativa negada pelo Hospital Regional. Agora, a família deve buscar auxílio jurídico para recorrer da decisão.

Já a etapa seguinte depende da solidariedade através de doação de sangue e cadastramento como doador de medula. O ato pode salvar a vida de Bianca e diversas outras que estão na fila para realizar o transplante.

Valente, a pequena demonstra força para superar as dores e uma infância sem os mesmos privilégios que a maioria dos colegas da escola. “São altos e baixos, hoje ela está bem, amanhã pode ficar com febre, triste.

Ela percebe que tem algo acontecendo, as vezes nos vê desesperados, e já teve amiguinhos do hospital que faleceram. Um dia, me perguntou se quimioterapia matava, respondi que não. Temos muita esperança que ela vai sair dessa, vamos fazer o possível e impossível”, desabafa a mãe. 

Ajuda

Pessoas entre 18 a 55 anos, que estejam com boa saúde, podem doar. São retirados 5ml de sangue, como um exame de laboratório, e o doador é cadastrado no Redome (Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea), do Instituto Nacional do Câncer.

Seus dados genéticos são cruzados com os dos pacientes que precisam da medula. Se der compatibilidade genética através do exame HLA, a doação pode ser realizada. Se for compatível o doador é avisado e então passa por exames para constatar que está em boas condições de saúde.

O procedimento dura aproximadamente 90 minutos e não causa dor, já que é feito com anestesia.