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Campo Grande

29/05/2019 17:25

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Após polêmicas com camisetas e mal-estar de jurado, julgamento de PRF é retomado nesta quinta-feira

Ricado Moon também será julgado por duas tentativas de homicídio

O julgamento do policial rodoviário federal, Ricardo Hyun Su Moon, será retomado na manhã desta quinta-feira (30), no Tribunal do Júri, em Campo Grande. O PRF, acusado de assassinar o empresário Adriano Correia do Nascimento, em 2015, começou a ser julgado no dia 11 de abril, mas a sessão foi adiada por conta que um jurado se sentiu mal.

No início do mês passado, Moon começou a ser julgado também por duas tentativas de homicídio, contra Vinícius Cauã Ortiz Simões e Agnaldo Espinoza da Silva, que acompanhavam Adriano na saída de uma boate. Ambos foram baleados pelo policial rodoviário.

Na sessão de julgamento, colegas de profissão e familiares de Ricardo Moon, muitos deles dentro do plenário, usavam bótons e camisetas com a foto do acusado. O Ministério Público Estadual entendeu que o grande número de pessoas a favor do policial e as camisetas, poderiam constranger ou coagir os jurados. Após pedido do MPE, a Justiça então proibiu esse tipo de manifestação dentro do tribunal.

Júri de PRF foi suspenso após jurado passar mal. (Foto: Wesley Ortiz)

Jurado

Assim que um dos sete jurados alegou mal-estar, o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida optou pelo cancelamento do júri. Ele recebeu o atestado concedido pelo médico do gabinete do Fórum, no qual impedida o jurado de voltar para o julgamento. 

O julgamento do PRF será iniciado do zero, conforme determinou a Justiça.

 Crime

Por volta das 5h30 de 31 de dezembro de 2016, o PRF Ricardo Moon, que dirigia uma Pajero, se envolveu em uma briga de trânsito com o empresário Adriano Correia do Nascimento, que seguia em uma caminhonete Hilux, na Avenida Ernesto Geisel.

O empresário e o policial iniciaram uma discussão, quando Moon decidiu acionar a Polícia Militar. Instantes depois, após mais bate-boca, o PRF sacou sua pistola .40 e atirou contra os ocupantes do veículo, que além de Adriano, estavam mais dois homens.

O jovem de 17 anos que o acompanhava foi baleado nas pernas. Outro acompanhante no veículo, um supervisor comercial, de 48, quebrou o braço esquerdo e sofreu escoriações com a batida. Ambos foram socorridos e sobreviveram.

O policial ficou no local do crime e chegou até a discutir com uma das vítimas, mas não foi preso na ocasião, mesmo havendo policiais militares no local. Posteriormente, ele acabou sendo indiciado em flagrante ao comparecer na delegacia com um advogado e representante da PRF.

Em seu depoimento, Moon disse que agiu em legítima defesa depois de ter visto um objeto escuro que poderia ser uma arma, na mão de uma das vítimas, durante a tentativa de fuga do empresário com caminhonete. Ele também teria sido atingido pela camionete. No interior do veículo, os investigadores encontraram apenas celulares das vítimas.

 

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