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Campo Grande

30/11/2018 17:45

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Campo Grande atendeu mais de 500 pessoas em situação de rua em um mês

Balanço da prefeitura foi divulgado nesta sexta-feira (30)

A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, fez mais de 500 atendimentos a pessoas em situação de rua, somente no mês de outubro deste ano. Os dados foram apontados nesta sexta-feira (30) durante demonstração das ações do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) e SEAS, que aconteceu no auditório do Instituto Mirim de Campo Grande.

De acordo com a SAS, o Centro POP e o SEAS desenvolveram quatro grandes campanhas; cinco ações no Centro de Campo Grande e nos bairros referenciados ao CREAS, sendo que uma delas percorreu semanalmente as regiões com maior incidências de denúncias. O resultado dessas atividades foram 238 pessoas em situação de rua abordadas pelo SEAS e 300 pessoas atendidas na unidade do Centro POP.

Vice prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, pontuou que quando a atual gestão assumiu a Prefeitura de Campo Grande havia apenas uma equipe de SEAS.

“Nós deparamos com apenas uma equipe para abranger toda Campo Grande e uma das situações que mais me chamou atenção foi a de um morador de rua que morava na Afonso Pena e amarrava seu cachorro no poste de luz. Aquilo nos incomodou muito. Nós visitamos esse morador de rua, fomos até ele, mas ele não queria sair da Afonso Pena, porque ali tinha comida, tinha atenção das pessoas que passavam. Mas logo que nós assumimos, nós buscamos junto com os profissionais meios de mudar essa realidade e passou algum tempo e ele foi assistido pelo Município e logo estava junto com a sua família lá na Bahia”, contou.

O Centro POP e o Serviço Especializado de Abordagem Social/SEAS fazem atendimento especializado à população em situação de rua, os quais preconizam o serviço de forma continuada e programada com a finalidade de assegurar que o trabalho de abordagem social e busca ativa identifique nos territórios a incidência de situações de risco pessoal e social, violações de direitos (trabalho infantil, abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, pessoas em situação de rua), dentre outras. Atualmente, Campo Grande possui quatro equipes de SEAS/Centro POP e três equipes de SEAS/Creas, atuando e referenciando as sete regiões.

A vice prefeita ainda lembrou que muitas vezes a pessoa não quer ser acolhida e por isso é tão importante um atendimento especializado.

“Nós sabemos que não é fácil, que muitas vezes, a gente deseja que aquela pessoa encontre novamente um caminho, a dignidade. Mas nem sempre a pessoa quer e nós não podemos obrigar. A pessoa tem o poder de decisão, de escolha, de ser acolhida ou não”, explicou.

A defensora pública Eni Maria Sezerino Diniz disse ser defensora incondicional do trabalho da Assistência Social e do Centro Pop realizado em Campo Grande

“Eu sempre disse e digo e repito que trabalhar com a população em situação de rua é para profissionais, não é para amadores. Sempre me incomoda e eu bato de frente quando vejo pessoas que querem com a desculpa de fazer uma boa ação simplesmente recolher, retirar da frente e enfiar em qualquer outro lugar onde os olhos não vejam. Você olhar, você se deparar, você dar o seu tempo para tentar resolver o problema é muito mais complexo, precisa de um tratamento de pessoas que tenham um conhecimento, que sejam capacitadas para isso e os senhores o são exemplarmente”, afirmou.

Dentro os trabalhos realizados pela Defensora Pública para auxiliar a Assistência Social neste acolhimento está a busca de documentos das pessoas em situação de rua.

“Nós temos acesso a todos os cartórios do País e a um sistema onde nós conseguimos emitir o documento quando a gente localiza no cartório. Isso facilita muito”, disse.

Para finalizar, a gerente de Média Complexidade, Marcilene Rodrigues, frisou que todos perante o Artigo 5º da CF/1988, são iguais, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade […] se tratando de um problema social, deve ser, conduzido por a rede intersetorial, saúde, educação, trabalho, habitação, segurança pública, OSCs, Sistema de Garantia de Direitos, dentre outros.

“Somos corresponsáveis por esses números, por se tratarem de pessoas e que merecem respeito e dignidade”, afirmou.

Os telefones para denúncias são os (67)98448-3758 e (67) 98455-6879.

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