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Campo Grande

15/02/2019 13:41

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Com apenas 75 aprovados, concurso para professor terá 2ª etapa em Campo Grande

Mesmo após protestos, governo do Estado negou a irregularidade e optou por manter o concurso, dizendo que abrirá um novo edital

Após o índice de reprovação de 99,5% dos inscritos na primeira fase, o concurso para professor da rede estadual de ensino irá aplicar a segunda etapa da prova neste domingo (17). Com 14.730 inscritos e 80 questões no certame, que exigia mínimo de 60% de acerto em cada área, apenas 75 pessoas aprovadas. A prova será realizada na Uniderp,  na Rua Ceará, 333, em Campo Grande. Os portões abrem às 12h.

Ao final do exame os candidatos poderão realizar entrega dos títulos, que podem ser enviados também por e-mail até o dia 20 de fevereiro.

Prova

O concurso teve taxa de inscrição de R$ 216 e tem segunda fase prevista para o dia 16 de fevereiro. O Governo do Estado e a empresa Funrio, que teria recebido R$ 5,7 milhões pela elaboração da prova, ainda não se posicionaram sobre o assunto até o momento.

Entre os 75 aprovados, foram oito de educação física, dois de filosofia, um de física, seis de geografia, 15 de história, 24 de português, três de matemática, um de química, sete de sociologia, um de artes.

Protestos

Diversos participantes alegaram desorganização e injustiça na elaboração e aplicação de concurso público da Rede Estadual de Ensino, devido a isso, foi feito protesto em frente à SAD (Secretaria de Administração), no Parque dos Poderes, em Campo Grande, na intenção de que o concurso fosse cancelado.

De maneira geral, os manifestantes alegaram ter faltado transparência para justificar o baixo índice de aprovação, um total de 75 pessoas entre 14.730 inscritos. Eram 80 questões no certame, que exigia mínimo de 60% de acerto em cada área, mas as reclamações sobre o nível de dificuldade e até mesmo lógica nas perguntas e respostas foram muitas.

Professora de língua portuguesa há dez anos, Karilene da Silva disse que foi o pior concurso que já fez. “É a consequência de uma prova mal elaborada. Quando um professor elabora uma prova e a turma toda vai mal, responsabilidade recai sob o professor, e por que não foi assim nesse caso?”, questiona.

Após o protesto, o governo do Estado negou a irregularidade e optou por manter o concurso, no entanto, informou que vai abrir um novo edital para preenchimento de mil vagas.

A 30ª Promotoria do Patrimônio Público de Campo Grande analisa a situação. Um procedimento para apurar  irregularidades foi aberto em 19 de dezembro, após o MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) receber 257 reclamações em dois dias.

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