As bicicletas elétricas invadiram as ruas de Campo Grande. Desde fevereiro deste ano, a loja mais tradicional de bicicletas contabiliza a venda de 100 unidades na Capital. Afinal de contas, é preciso ter carteira de habilitação? E aquele garoto que quer dar um rolê na bike, pode?
De acordo com o Conselho Nacional de Trânsito, o Conatran, a resolução 465 esclarece a situação das magrelas elétricas. Antigamente, esse tipo de transporte era equiparado aos ciclomotores, por isso havia necessidade de ter CNH categoria ''A'' ou autorização para conduzir os ciclomotores, a ACC.
Pode
Agora, liberou geral. Conforme a resolução, a bicicleta que tenha potência máxima de 350 Watts e velocidade máxima de 25 KM/h, livra o condutor de ter qualquer tipo de habilitação ou licença. É exigido que essas bicicletas não tenham acelerador manual e precisam ter indicador de velocidade.
Placas
Não, não precisam. Nem pagar qualquer tipo de taxa, desde que tenham a potência máxima de 350 Watts e velocidade máxima de 25 KM/h. Também não têm necessidade de portar documentação.
Onde andar
O texto diz que em locais de circulação de pedestres, o usuário da bicicleta elétrica não pode ultrapassar os 6 Km/h. Em ciclovias ou ciclofaixas, a velocidade não pode passar dos 20 km/h.
Garotada
Menores de idade podem subir a hashtag #partiurolêdebikeelétrica. A nova resolução permite que pessoas de todas as idades pilotem as magrelas elétricas, desde que usem os equipamentos de segurança.
Cuidados
O conselho, no entanto, é enfático quanto ao uso de equipamentos de proteção. O capacete é um dos mais importantes e obrigatório. Há também a necessidade da bicicleta ter sinalização noturna dianteira, traseira e lateral, além dos espelhos retrovisores.
O Batalhão de Trânsito informou ao TopMídiaNews que já registrou acidentes com esse tipo de veículo e também fez abordagens de orientação aos usuários.
Caiu no gosto
Em Campo Grande, a Ciclo Ribeiro, comercializa essas bicicletas apenas desde fevereiro. O modelo mais barato é da marca Souza, de cerca de R$ 3.800. A recarga dá autonomia de cerca de 30 Km ao usuário.
O proprietário, Clemêncio Ribeiro, celebra as vendas até o momento.
''A venda tá fantástica. O que tiver vende'', garantiu o empresário que afirma ainda ter muita gente interessada e que cobra o fornecedor para novas entregas. Os modelos mais caros estão na faixa de R$ 13 mil.
''Até o fim do ano espero vender mil unidades'', estimou Ribeiro. Ele garante que todas as bicicletas atendem a resolução do Contran.