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Campo Grande

13/12/2019 18:00

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Desespero: funcionários denunciam calote e coação da 'falida' Ricardo Eletro em Campo Grande

Empresa, que teria proposto fazer acerto 'por fora do sindicato', não se manifestou

Cinco ex-funcionários da rede varejista Ricardo Eletro, em Campo Grande, denunciam que foram demitidos em outubro deste ano e, até agora, não receberam nenhum direito trabalhista. Os denunciantes dizem também que são chantageados para assinar a homologação da rescisão de contrato constando recebimento dos valores, o que não teria ocorrido.  

Jovem, que aqui será chamada de ''Nice'', tem dois filhos e paga aluguel, trabalhou na loja por quase um ano e este foi o primeiro emprego registrado dela.

''Quando a loja fechou, em agosto, eu estava de licença. Voltei em 5 de setembro e pagaram mais um mês só. Depois mais nada'', lamentou a ex-funcionária.

Nice garante que nunca foi depositado o FGTS dela e ainda tem a receber multa de 40% do FGTS. Ela diz não conseguir sacar o Seguro-Desemprego, já que a demissão não foi homologada. Aí é que vem o problema.

''Eles querem forçar um parcelamento em 12x para homologar o nosso acerto, mas não deram data para pagar a primeira parcela. Eles [Recursos Humanos] disseram que iriam vir pra cá fazer por fora do sindicato, mas sem data'', lamentou.

A jovem diz que está sendo coagida a assinar a homologação constando que recebeu os valores, já que a funcionária teria dito que, aqueles que não assinarem, não teriam nenhuma data para receber os direitos. Ela também não pode procurar outro emprego formal, já que não houve homologação e a carteira está retida.

Outro funcionário, que aqui será chamado de ''Carlos'', tinha sete anos de casa e vive desespero semelhante. Pai de dois filhos e morador na zona rural de Capital, contou que está passando necessidades.

Carlos cobrou pagamento integral do acerto. (Foto:Reprodução WhatsApp)

Carlos mostra que conversou por mensagens e áudios de WhatsApp com uma funcionária do RH, que fica em Cuiabá, no Mato Grosso. Na mensagem, ela diz que pode ajudá-lo vindo a Campo Grande para fazer a homologação, mas caso ele não queira, é para avisar, porque aí ela nem viaja.

Em um áudio, a funcionária diz que já foram depositados os saldos do FGTS dos ex-funcionários, mas Carlos nega.

''Só constam depósitos anteriores, os mais recentes não têm '', garantiu o denunciante. Ele acrescenta que os demais funcionários da rede, que tinha quatro unidades em Campo Grande, tiveram os direitos pagos. 

''Só não pagaram o nosso'', lamentou Carlos.

Tentamos contato com a assessoria de imprensa da Rede, mas a empresa que consta no site já não presta mais serviços para a Ricardo Eletro. Tentamos outros cinco números da empresa, inclusive o RH, mas não conseguimos nenhuma informação. O espaço fica aberto para posição.

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