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Campo Grande

É FAKE! Assassino de motorista de aplicativo por ciúmes não foi morto em presídio

Igor César de Lima confessou que matou Rafael por motivo fútil

20 maio 2019 - 19h00Por Thiago de Souza

Áudio que circula em grupos de WhatsApp, que fala sobre a morte de Igor César de Lima, dentro de presídio é falsa. Lima está preso por confessar o assassinato do motorista da 99 Pop, Rafael Baron, no dia 13 de maio, no residencial Reinaldo Busanelli, em Campo Grande. Ele também estava foragido da Justiça por roubo. Ouça a gravação no final desta matéria

A Agência de Administração Penitenciária, a Agepen, esclareceu que as informações que ele teria sido assassinado são falsas. Igor cumpre prisão preventiva no Instituto Penal de Campo Grande, no Jardim Noroeste.  

Revolta

O assassinato de Rafael gerou grande repercussão social, por ser classificado como de ''motivo fútil''. Este argumento é a sustentação da fake news, que levaria a crer que até criminosos estariam revoltados com o assassinato.

No dia do crime, motoristas de aplicativos protestaram na Afonso Pena pedindo mais segurança para os trabalhadores em aplicativos, que sofrem com constantes assaltos.

Parentes de Rafael se revoltaram ao ver o suspeito do crime. (Foto: André de Abreu)

No entanto, no momento do protesto, por volta das 11h, suspeitava-se que o motivo do crime seria um assalto. Horas depois, a Polícia Civil, em entrevista coletiva, esclareceu que Igor matou Rafael por ciúmes, já que ele teria perguntado se a passageira, esposa do suspeito, estava bem ao vê-la com o braço machucado.

Igor passou quase um dia escondido, segundo ele, em um matagal e depois se entregou à polícia. Familiares da vítima acompanharam o momento em que ele chegou à delegacia e não conseguiram conter a revolta e a tristeza pela morte do parente. Uma jovem chegou a passar mal ao protestar contra o criminoso e teve de ser amparada.

Rafael era casado e tinha filhos. (Foto: Reprodução Facebook)

O crime

Rafael foi encontrado morto a tiros na madrugada do dia 13 de maio, na rua Cláudio Coutinho, no Jardim Campo Nobre, bem próximo à entrada do condomínio.

Conforme a Polícia Civil, Baron fez uma corrida do Upa Leblon até o residencial para o casal. Durante o trajeto, o motorista, por cortesia, questionou o que aconteceu com a passageira - já que ela estava com uma tipóia no braço. Ela respondeu que teria sofrido um acidente de moto.

O condutor  Rafael teria feito outras duas perguntas sobre o estado de saúde da passageira, algo que irritou profundamente o suspeito. Assim que chegaram ao local, a esposa de Igor ficou no carro para pagar a corrida, enquanto o marido correu até a residência dos dois, pegou um revólver calibre 38  e atirou na vítima.

A vítima, que estava em um Gol, levou tiros no braço e no pescoço e ainda tentou fugir, mas bateu em outros veículos e morreu no local.