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Campo Grande

há 3 anos

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Endividado com os Name, advogado pegou causa de Jamil para não ser fuzilado

Ele repassava ordens de presos para Jerson Domingos e Cinthya Name Belli

Investigações da Operação Omertá descobriram que o advogado, Davi Moura de Olindo, também foi uma vítima de Jamil Name. Ele devia R$ 770 mil para a família e só assumiu a causa para quitar o débito e não ser fuzilado. 

Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, enviada à Justiça no começo deste mês, Davi tinha relação de décadas com Jamil Name e Jerson Domingos. No entanto, contraiu uma dívida e não conseguiu pagar Jamilzinho Name.  

O documento diz que, irritado com o devedor, Jamilzinho enviou o capanga Euzébio Araújo de Jesus, o ‘’Nego Bell’’, até Sidrolândia, onde Davi mora e tem escritório. 

‘’Armado, Nego Bell promoveu cobranças violentas, humilhações e ameaças contar Olindo’’, diz trecho da denúncia. 

O MPE, por meio do Gaeco, narra que, enquanto estava sob a mira de Nego Bell, Davi mandou uma mensagem de voz para Jamil Name, a qual se referia como ‘’pai’’ e implorou para não morrer. 

‘’... por favor me dê uma chance, cuida de mim, nunca fui desonesto, nunca traí... Estou atravessando uma fase horrível, seu Jamil... tô devendo pro seus filhos, e eu não tô em condições de pagar eles agora... eu tenho pra pagar, se me derem uma oportunidade, se me derem um tempo, eu vou pagar’’, suplicou o advogado. 

Segundo os promotores de Justiça, dias depois, Davi assumiu a defesa de Name no processo da morte do estudante Matheus Xavier, que morreu por engano no lugar do pai, o ex-tenente Paulo Xavier, o PX. 

Em depoimento, Olindo reconheceu que foi ameaçado pelos Name em razão das dívidas. 

DENUNCIADO

Davi Moura de Olindo foi denunciado pelo MPE por obstrução de Justiça, por participar do plano para executar um promotor de Justiça, um defensor público e o delegado do Garras, Fábio Peró. 

Segundo as investigações, Olindo e um outro advogado, Adailton Raulino, iam até o Presídio Federal de Segurança Máxima em Mossoró (RN) e retransmitiam as ordens de Jamil Name e Filho para Jerson Domingos e Cinthya Name Belli. 

A denúncia destaca que pai e filho presos, além de outros investigados, queriam executar as autoridades em Campo Grande. No entanto, o juiz Roberto Ferreira Filho não viu indícios de participação dos advogados no plano de atentado e rejeitou a denúncia contra eles. 

A investigação também encontrou um bilhete, escrito em pedaço de papel higiênico, dentro do presídio, que dá ordens e detalhes para o assassinato das autoridades. 

Se tornaram réus apenas Jerson Domingos, Cintya Name Belli, Marcelo Rios e Vladenilson Olmedo. 

O espaço está aberto a todos os citados ou seus respectivos advogados. 

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