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Campo Grande

21/04/2019 09:30

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Entre projetos novos e 'enterrados', Campo Grande já tem 89 Km de ciclovias

Em Portugal, andar de bicicleta vai se tornar matéria nas escolas

Campo Grande possui 89,7 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas espalhadas pela cidade. Há projetos em andamento, como a que liga a Afonso Pena até a Uniderp Agrárias, mas também há propostas ''enterradas'', como a ciclovia da avenida Guaicurus, palco de constantes mortes de ciclistas.

O maior trecho, segundo a prefeitura, é o da Afonso Pena que possiu 15,64 km de extensão. O primeiro trecho tem 9,77 km – que vai da Praça Newton Cavalcante até a rua Alagoas e  da Calógeras até a José Antônio e da Arthur Jorge a 25 de Dezembro.

No segundo trecho, a ciclovia da Afonso Pena começa no cruzamento com a rua Ceará e vai até o Parque dos Poderes.

Capital tem 89,7 km de ciclovias. (Foto: Repórter Top)

Outra ciclovia importante é a que vai da avenida Duque de Caxias até o anel viário, saída para Aquidauana. São 11,35 km, que passam pelo regiões do Comando Militar do Oeste, Base Aérea de Campo Grande e Aeroporto Internacional. Há outra faixa para ciclistas que liga a Duque de Caxias até a Euler de Azevedo, com 10,58 km.

O trecho mais curto para os ciclistas fica entre as avenidas Afonso Pena e Mato Grosso, com 900 metros de extensão.

Mais ciclovia

Segundo prometeu a prefeitura, a nova via para ciclistas terá 4,2km de extensão e ligará a Afonso Pena - passando pela Via Parque - Mato Grosso - Dr. Fadel Iunes - Desembargador Leão do Carmo Neto - até chegar na Uniderp Agrárias.

Ciclista disputa pista da Guaicurus com caminhões e carros. (Foto: Arquivo TopMídiaNews)

''Enterrado''

A ciclovia da Avenida Guaicurus, que vai do Jardim Itamaracá até o Jardim Centenário, sul de Campo Grande, definitivamente não sairá do papel, mesmo sendo palco de graves acidentes envolvendo quem anda por duas rodas.

O motivo seria porque o canteiro é estreito e torres de alta tensão trariam riscos aos ciclistas. A faixa para os ciclistas chegou a ter o ordem de execução das obras publicada em diário oficial do dia 12 de março de 2015, ainda na gestão do ex-prefeito Gilmar Olarte.

Mortes

A mais recente vítima entre os ciclistas na via foi Alcindo Caires Dias, de 62 anos. Ele foi atingido por uma motocicleta na manhã do dia  9 de abril de 2018. O idoso foi socorrido e morreu na Santa Casa 40 horas depois.

Em agosto de 2009, dois ciclistas morreram em acidentes ocorridos em um intervalo de 24 horas. Em um deles, um caminhão caçamba teria derrubado a ciclista e em seguida uma moto a atingiu.

Em 23 de setembro de 2015, uma mulher de bicicleta também foi atingida por um caminhão e morreu esmagada, perto do cruzamento com a rua da Divisão. Outros acidentes, sem mortes, são registrados quase que semanalmente. O tráfego na via é intenso, também pela proximidade de rodovias, onde a circulação de caminhões e ônibus é grande.

Europa

Em vários países da Europa, andar de bicicleta é mais que um meio de transporte, é um estilo de vida. Em Portugal, por exemplo, a prática vai se tornar matéria obrigatória nas escolas a partir do ensino básico.

A ideia do governo português é mudar o comportamento das crianças, fazer exercícios físicos e ensiná-las sobre mobilidade urbana.

As crianças vão começar andando de bicicleta dentro de um ambiente seguro e protegido e, quando passarem para a segunda e terceira série, poderão andar em espaço público.

Conforme noticiou o R7, o secretário-adjunto de Estado de Mobilidade, José Mendes, explicou ao portal português Público que a intenção é criar condições para uma mudança drástica em questão de mobilidade nas próximas gerações, além de incentivar um uso responsável e coletivo do espaço público.

O incentivo à prática se estende a ensinar pessoas adultas que não sabem pedalar ainda, além de pessoas portadoras de deficiência mental.

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