O presidiário Edilson Rodrigues dos Anjos, que foi executado ao sair do Instituto Penal de Campo Grande, nesta quarta-feira (2), em Campo Grande, era um criminoso frio e chegou a participar de rebeliões onde internos foram decapitados em Aparecida de Goiânia, em 2018.
Conforme a imprensa goiana, Edilson cumpria pena na Colônia Agroindustrial, que fica na cidade vizinha a Goiânia. A unidade é exclusiva para internos do regime semiaberto.
No primeiro dia de 2018, uma de três grandes rebeliões atingiram o complexo penal. Na primeira situação, nove presos foram mortos e 14 ficaram feridos na Colônia Agroindustrial. Dos mortos, muitos tiveram os corpos carbonizados e dois foram decapitados.
Edilson estava no presídio na ocasião e foi fotografado exigindo a cabeça de um dos mortos, que seria da facção rival a dele. Dias depois, as outras rebeliões ocorrem em presídios do mesmo complexo.
Rodrigues deixou a prisão em Goiás em março deste ano. Ele veio para Mato Grosso do Sul, ficando em Ponta Porã. Em setembro, Edilson se envolveu em um roubo a uma empresa onde trabalhava na fronteira e fugiu. Ele foi preso horas depois do crime, em uma fazenda em Jaraguari.
Edilson estava preso provisoriamente e, mesmo com o histórico de criminalidade, o juiz Daniel Foletto Geller, de Bandeirantes, revogou a prisão dele. No momento que foi atingido, Anjos estava com o alvará de soltura em mãos. Outras duas pessoas, uma mulher e uma criança, que não tinham relação com o criminoso, foram atingidas, mas não correm risco de morte.