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Campo Grande

18/08/2016 09:13

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Descaso: Faltam medicamentos, seringas e até papel higiênico nos postos de saúde da Capital

Campo-grandenses que precisam de tratamento contínuo precisam improvisar para comprar remédios

A ausência de medicamentos na rede pública de saúde de Campo Grande está fazendo com que muitos pacientes fiquem com tratamento prejudicado, já que há meses não conseguem retirá-los gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e não têm condição de arcar com os custos dos mesmos.

Dois destes medicamentos em falta são o Diosmin e a Hesperidina, conforme a paciente Ingles Fátima Ribas Nunes, 55 anos. A orientadora da Escola Estadual Plínio Mendes dos Santos relata que a situação tem ficado mais crítica há um ano e que quase nunca consegue encontrar a ajuda gratuita para um problema hereditário de circulação. Além dela, sua mãe e seu filho também precisam da mesma medicação.

“Não era assim difícil, mas de um ano pra cá piorou muito. Eu moro no Jardim Antártica e, teoricamente, só tem os medicamentos no CEM (Centro de Especialidades Médicas), aí ando toda essa distância pra me falarem que não tem os remédios”, reclama. Ela acrescenta que, nas vezes em que há o medicamento, sua receita médica já está vencida e de nada vale a consulta.

Para não interromper o tratamento, ela recorre ao auxílio de amigos, já que não tem condições de arcar financeiramente com todos os remédios que precisa tomar. “Não disponibilizam nem um número telefone para saber, antes de a gente ir à toa ver se tem o remédio. Além da grosseria como nos atendem, não respondem o porquê de não ter”, diz.

O problema se estende pra falta de itens básicos, como seringas e envelopes para entrega de exames, como relataram à reportagem funcionários da prefeitura que não quiseram se identificar. "Tem vezes que não tem nem caneta, papel higiênico ou papel sulfite, temos que levar de casa. Falta tudo, dá vergonha e indignação de não saber o que falar quando o paciente precisa de algo e não tem", relatou um servidor, que teme sofrer retaliações por expor a situação, que segue a mesma há mais de um ano.

Nesta semana, Ingles foi atrás da ouvidoria do município para cobrar sobre a questão. Conforme determinação nacional do Ministério da Saúde, quando o município nega ou cria obstáculos para o fornecimento de medicamentos ou desses itens indispensáveis, comete uma ilegalidade, pois deixa de cumprir um dever ao cidadão.

Lista 

Segundo um dos funcionários, a relação de controle aponta que há falta de mais de mais de dez medicamentos, além de seringas de insulina para pacientes diabéticos, há mais de dois meses. Entre os fármacos, estão: Tiamina; Doxazosina; Metoprolol; Diosmina; Isossorbida; Sulfadiazina de Prata; Neomicina pomada; Espironomactona; Aminofilina; Cefalexina; entre outros.

Sesau

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande pra questionar sobre a questão. Em resposta, a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) disse que a informação dada por paciente e funcionários não procede. Segundo a secretaria, todos os medicamentos e materiais estão disponíveis na rede.

"Medicamentos constantes da Rename (Relação Nacional de Medicamentos Essenciais) e Remus (Rede Municipal de Saúde Pública) existem em estoque. Outros, de maior complexidade, por vezes dependem de decisão judicial para que sejam adquiridos, de outra forma a Sesau incorreria em improbidade administrativa", afirmou em nota.

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