O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian não está passando pela sua melhor fase em 2019. Após denúncia de que 1.140 pessoas morreram na unidade e abertura de inquérito no MPE (Ministério Público Estadual) para apurar a responsabilidade pelos óbitos, outros casos foram denunciados, como falta de insumos básicos e profissionais para atender a demanda.

A informação chegou ao TopMídiaNews através de um técnico de enfermagem que atua no Regional há três anos. Por medo de represálias, ele terá a identidade preservada.

Segundo o profissional, ele foi contratado através de processo seletivo estadual, com vencimento neste ano.

“Venceu em outubro, no entanto, não houve um novo processo, apenas renovaram automaticamente”.

O déficit de funcionários, segundo o profissional , persiste desde janeiro e os pacientes estão sendo prejudicados.

“São 12 pacientes para um técnico de enfermagem, às vezes ficam até dois dias sem banho. São 24 pacientes em uma ala só, vários funcionários estão pedindo exoneração, vai sobrecarregando”, destaca.

Conforme o técnico, outro ponto preocupante é a falta de medicamentos. “Maioria dos pacientes que entra no hospital precisa de medicamento, antibióticos, está com infecção grave e só fica no soro. Remédio não tem na farmácia. Eles orientam os pacientes a levar o remédio de casa. Os itens em falta são: Losartana, Ringer lactado, esparadrapo, fita e alguns antibióticos”.

Questionado sobre a chefia do setor, o profissional pontua que não tem diálogo. “A enfermeira chefe do pronto-socorro geral fica o dia inteiro na sala dela comendo bolo, tomando café e dando risada da situação. Eles não fazem questão”.

Segundo o denunciante, nesta segunda-feira (2), três funcionários pediram exoneração e dois entraram com atestado.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) destacou que em outubro  207 profissionais foram contratados para o Hospital Regional.

Além disso, pontuou que a nova diretoria estuda um método de redimensionamento dos profissionais e também analisa a possibilidade de novas contratações.

Já sobre o diálogo, a SES disse que “a gerente do setor está em diálogo constante com os servidores”.