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Campo Grande

Funcionária grávida que denunciou maus-tratos revela ataque de fúria de patrão na 26 de Agosto

Ela também reclamou do descaso dele em relação à covid-19

30 março 2021 - 17h00Por Thiago de Souza

Gestante de 18 anos, que em 16 de março, relatou ser vítima de maus-tratos ao TopMídiaNews, fez mais revelações sobre o comportamento do ex-patrão. Uma delas é um ataque de fúria dele quando foi assinar a demissão, na loja que fica na rua 26 de Agosto, em Campo Grande. 

Na primeira denúncia, a jovem diz que o empregador a proibiu de comer no local de trabalho, inclusive de acessar a cozinha e usar qualquer utensílio do local. Também lamentou ter sido obrigada a ficar de pé o tempo o dia todo na porta da loja, mesmo não havendo cliente. Para rever as duas matérias sobre o caso, clique aqui e aqui 

O novo relato da grávida se refere à ocasião que ela foi assinar a demissão, na sala do ex-chefe. A denunciante relembra que o empresário se irritou pelo fato dela pegar um atestado médico, já que teve sérios ferimentos no pé. 

Ainda segundo a vítima, embora o médico a tenha dado afastamento por sete dias, ela propôs ao então patrão ficar dois dias em casa e trabalhar o restante. Mesmo assim ele se irritou e a demitiu. 

‘’ [na hora da demissão] ele começou a gritar, me xingar de mentirosa, que eu era um tipo de mulher que não queria na loja dele. Disse que meu atestado era falso’’, relembrou a gestante. 

O relato também dá conta que a gerente da loja, que seria ex-mulher do dono e tida por ela como ótima pessoa, estava no momento do ataque de fúria. 

‘’Fiquei nervosa, e chorei. Ele batia na mesa, jogava as coisas da mesa, dizendo que eu era o ‘’pior tipinho de mulher que existia’’, desabafou a vítima. Ela acrescenta que tentava falar mais alto que ele, mas ele gritava. 

‘’Fiquei com medo dele fazer alguma coisa comigo’’, acrescenta a ex-funcionária. Ela ainda lembra que, diante de tamanho nervosismo, não conseguiu ler o que assinou e acredita que possa ter assinado a demissão como sendo a pedido dela e não a demissão sem justa causa. 

Covid

A mesma ex-funcionária lamentou o fato do então empregador não manter cuidados contra a covid-19 no estabelecimento. Ela diz que já chegou a passar situações de desrespeito por parte de um cliente ao cobrar o uso da máscara. 
‘’.... o cliente disse que covid era uma brincadeira e se nem o dono usava, porque ele iria usar...’’, relembrou a jovem. 

Resposta

Tentamos contato com o telefone fixo da loja e também pelo celular do proprietário. No fixo só chamava e não atendeu e no móvel só constava fora de área. O espaço está aberto ao empresário.