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Campo Grande

14/11/2019 17:15

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Juiz transfere policiais civis para presídio federal e destaca 'local seguro' para eles em Mossoró

Transferência para unidade no RN era provisória, agora é definitiva

O juiz Mário José Esbalqueiro Júnior, de Campo Grande, autorizou a transferência definitiva de Jamil Name, Jamil Name Filho e dos policiais civis Márcio Cavalcante da Silva e Vladenilson Daniel Olmedo para presídio federal em Mossoró (RN). O magistrado também aplicou aos quatro, um regime de custódia altamente severo.

Conforme a decisão, Esbalqueiro destacou a periculosidade dos quatro réus, sendo  Jamil Name e Jamil Name Filho como os chefes do grupo de extermínio, e Vlad e Márcio Cavalcante, tidos como gerentes da organização.

A transferência dos réus, então provisória, passou a ser definitiva e coloca os quatro envolvidos no Regime Disciplinar Diferenciado, por pelo menos um ano. Terminando este prazo, os quatro podem ir para um regime mais brando, na mesma unidade.

A defesas dos dois policiais civis criticaram a medida e destacaram que, como policiais, ambos deveriam ficar presos em uma das celas do Garras. Porém, o magistrado novamente destacou a periculosidade dos dois, que seriam responsáveis pelo contato direto com a liderança da quadrilha, além de repassar tarefas e escalas para o restante do bando armado.

''Levantei que findo [ao final] do RDD, o presídio de Mossoró tem ala para policiais'', informou o magistrado, para rebater críticas de que os policiais seriam misturados a outros tipos de criminosos e correriam risco de vida.

Advogados dos policiais chegaram a apontar crime de abuso de autoridade por parte do juiz, mas o magistrado rebateu com dados da investigação e destacou que a lei de abuso, recentemente aprovada no Congresso, sequer entrou em vigor.  

Jamil Name, de 80 anos, também criticou a medida, citando preocupação com a saúde, já que seria portador de várias doenças. O juiz voltou a citar matérias jornalísticas que mostram o detento em boas condições de saúde pouco antes da prisão e que as doenças dele como diabetes são ''comuns da vida moderna''.

Para todos os casos, pesou, principalmente, o fato de terem sido identificadas ameaças ao delegado do Garras, Fabio Peró, que conduziu parte das investigações. As expressões usadas pelos réus durante a investigação, como a de Jamil Name Filho, que ''haveria a maior matança de Mato Grosso do Sul'', influenciou a decisão de Mário Esbalqueiro.

Até o momento, somente Jamil Name e o filho foram transferidos para o Rio Grande do Norte. A data do envio dos dois policiais não é divulgada por questões de segurança.

 

 

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