Imagine você planejar uma viagem há muito tempo, mas uma pandemia se instalar no mundo inteiro e o medo passar a figurar? Pois, bem! Lidiane Moraes Rufino, de 37 anos, foi 'empurrando com a barriga' e, quase um ano depois, conseguiu reunir 35 pessoas, todos familiares, para viajar rumo a Fortaleza no próximo mês.

Pode parecer loucura, mas vários integrantes nunca sequer viajaram de avião e acrescente à cena a felicidade dos que jamais pisaram na areia da praia. O motivo ficou mais do que claro para organizar a 'viagem dos sonhos' da família.

Lidiane conta que descobriu um câncer no ano passado e decidiu se aventurar para realizar o sonho de alguns familiares, incluindo o seu, de conhecer algumas regiões do Brasil.

Depois de muito conversa com irmãos, conseguiu reunir sua família, a família dos irmãos, tios, primos, entre outros, para realizar a viagem, marcada para 17 de março.

"Nunca tiravam férias e, quando tiravam, sempre foram reservadas para fazerem bico. Mas, agora, decidiram fazer um planejamento para a viagem", destacou. Interessante é que boa parte da família irá no mesmo avião para o Nordeste.

Pandemia e planejamento

A família nunca conseguia fazer um planejamento adequado para reunir todos e sempre esbarrava em algum problema, seja financeiro ou na substituição das férias por mais trabalhos.

E o planejamento viria, por ora, ficar mais prejudicado por conta da pandemia que se instalou rapidamente por Campo Grande. "A pandemia atrapalhou bastante e ficamos com medo".

Porém, com toda a tranquilidade necessária, a família 'deu seus pulos' e conseguiu fechar um pacote com uma agência de viagens, que os tratou super bem. 

Avó superou covid antes da viagem

Lidiane contou para a reportagem que, antes mesmo do planejamento, a covid-19 quase interrompeu os planos da viagem. Isso porque a doença atingiu diretamente sua avó, dona Margarida Lopes Moraes, de 78 anos, que precisou ser internada em um hospital.

A neta explicou que a avó foi muito valente para aguentar a doença, já que tinha diabetes como comorbidade. Porém, você já deve ter ouvido a frase clichê de "há males que vem para o bem", e foi exatamente isso que aconteceu.

"A covid veio para curar a diabetes dela que estava com ela há 50 anos", foi assim a definição de felicidade família de Lidiane ao ver a avó saindo do hospital. Porém, felicidade que ficou interrompida por 7 dias para que ela fizesse um tratamento na mão necrosada, que resultaria na superação da diabetes e da covid.

"Nós ficamos com mais medo", mas nada de ruim aconteceu com a família, que apesar dos problemas, não sofreu contágio do coronavírus e todo mundo se encontra na melhor forma para realizar a viagem", comemora.