Com 345 novos casos de coronavírus em 24 horas, a prefeitura de Campo Grande publicou, nesta quarta-feira (15), medidas de restrição, de modo a evitar o colapso do atendimento à saúde.
Durante a live diária, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) reforçou que os números são incontestáveis e, por isso, as medidas foram tomadas. “Não adianta, dá certo reduzir a circulação das pessoas nas ruas”, disse, lembrando controle da pandemia com medidas duras no início.
Com o novo decreto, fica determinada a paralisação, aos sábados e domingos, de todas as atividades econômicas e sociais não essenciais até o dia 31 de julho de 2020.
Não se aplicam as medidas aos serviços de assistência à saúde, incluindo atividades da atenção primária a saúde e serviços médicos e hospitalares; farmácias e drogarias; hipermercados, supermercados, mercados, açougues, peixarias, hortifrutigranjeiros, quitandas, centros de abastecimento de alimentos.
Além do mais, serviços de infraestrutura tais como fornecimento de água, esgoto, energia elétrica, distribuição de gás, telefonia e internet; atividades relacionadas à cadeia de resíduos; postos de combustíveis e serviços de apoio em rodovias; atendimento médico veterinário; serviços de entregas e de segurança particular; serviços funerários; serviços de hospedagem; serviços de mobilidade urbana; atividades religiosas e ações de fiscalização e exercício do poder de polícia em geral.
Sobre as igrejas, apesar da liberação, Marquinhos pontuou que a orientação é que as celebrações sejam feitas de forma on line.
“Pode fazer culto presencial, mas estamos recomendando, se você puder fazer o culto, missa on line, a gente recomenda, mas se quiser fazer presencial, está liberado, com 30% de capacidade, mas se quiser nossa cidade diminua a circulação dessas pessoas, são dois finais de semana”, disse.
Até o dia 31 de julho fica vedado o funcionamento de lojas e galerias comerciais localizadas dentro de hipermercado aos finais de semana. Os estabelecimentos e atividades considerados não essenciais só poderão funcionar utilizando-se do serviço de entrega em domicílio (delivery), ficando suspensa qualquer forma de atendimento presencial.
Os shoppings centers poderão funcionar de segunda a sexta-feira, das 11h00 às 19h00. Já o comércio varejista e atacadista de rua deverá funcionar de segunda a sexta-feira, das 09h00 às 17h00.
“Você vai ter 8 horas seguidas para realizar suas compras”, garantiu o prefeito, já rebatendo futuras críticas.
Serviços de delivery de farmácias e serviços de saúde podem funcionar em horário estabelecido no alvará de localização e funcionamento respectivo. Os estabelecimentos que estão permitidos a abertura, devem funcionar com lotação máxima de 30 de sua capacidade.
Durante a paralisação aos sábados e domingos, o transporte coletivo só poderá atender usuário que comprove ser trabalhador dos serviços essenciais. Funcionários e colaboradores acima de 60 anos ou comprovadamente do grupo de risco devem ficar afastados do trabalho sem prejuízo da sua remuneração.
Ficam vedadas ainda atividades de entretenimento em bares restaurantes e similares, tais como apresentações artísticas e culturais, jogos em geral, espaços kids e brinquedotecas; compartilhamento de narguilé, tereré e similares; realização de festas, eventos e reuniões de qualquer natureza que gerem aglomeração de pessoas, inclusive eventos esportivos e campeonatos e aulas presenciais de qualquer natureza.
O que não for contrário às medidas, deve ser observado pelos estabelecimentos, de acordo com a atividade, as regras de biossegurança.
Nos casos em que for constatado o descumprimento das regras, os infratores poderão responder por crimes contra a saúde pública e contra a administração pública em geral e poderão ter os empreendimentos interditados, com posição de lacre pelo período de 3 dias na primeira ocorrência; 7 dias na segunda ocorrência; e cassação do alvará de localização e funcionamento na terceira ocorrência.
“As fiscalizações serão intensificadas. Se tiver que sair, leve equipamento de proteção individual”, garantiu o prefeito.