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Campo Grande

Moradores do Jardim Noroeste relatam clima de insegurança e abandono

Quando chove, lama toma conta das ruas

07 setembro 2016 - 16h30Por Kerolyn Araújo

Cenário de abandono. É assim que moradores do Jardim Noroeste retratam o bairro. Com pouco policiamento e sem infraestrutura, os habitantes do bairro acabam ficando presos dentro das próprias casas.

Jean Marcos Araújo, 40 anos, é comerciante e tem uma loja no bairro desde 2009. Segundo o empresário, apesar de ter um presídio no bairro, o policiamento é pouco. "Aqui tem muito comércio de drogas e poucos policiais nas ruas. Pelo fato de ter uma penitenciária no bairro, acho que ele deveria ser mais seguro. No mês passado um homem foi executado em plena luz do dia. Vivemos em clima de insegurança", disse. 


A falta de segurança também assombra a diarista Meire Rocha, de 33 anos. Mesmo não morando no bairro, ela anda diariamente pelo Jardim Noroeste para deixar o filho na creche. "Durante o horário de pico é um pouco mais seguro, mas no começo da manhã e depois que escurece, fica perigoso. Existem muitos terrenos baldios. Já ouvi vários relatos de assaltos e tenho medo", contou a diarista.

Além da falta de segurança, a infraestrutura do bairro também deixa a desejar. Morador do bairro desde a infância, Jeferson Alves Sampaio, 21 anos, reclama do abandono da região. "Além de não ser um lugar seguro, não temos onde passar o tempo. Há quatro anos a prefeitura começou a construir uma praça, mas até agora a obra não foi concluída", desabafou.

Outro problema enfrentado diariamente pelos moradores é a falta de asfalto. Quando chove, o tráfego de pessoas e automóveis ficam difíceis. Apenas duas ruas do bairro são pavimentadas. 

Homicídio

No dia 24 de agosto, Osvaldo Fabio Soto Martins, 37 anos, foi executado a tiros em uma conveniência na rua Indianápolis, no Jardim Noroeste. Ele havia acabado de sair do Centro de Triagem Anízio Lima, localizado na mesma rua.

Segundo dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), somente no mês de agosto foram registrados 12 homicídios na Capital.