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Campo Grande

25/10/2020 15:15

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Morto por advogado no trânsito, PM já foi preso por 'matar serviço' e dirigir para app

Ele estava escalado para dirigir viatura em Caracol

O policial militar, Luciano Abel de Carvalho Nunes, 29 anos, que morreu em acidente de trânsito causado pelo advogado Helder da Cunha Rodrigues, 38 anos, já foi preso pela Corregedoria da PM. Em julho deste ano ele faltou o serviço para fazer bico de motorista. 

Conforme o auto de prisão em flagrante, Luciano estava escalado para conduzir viatura da PM nos dias 22 e 23 de julho deste ano, em Caracol. No entanto, ele estaria dirigindo veículo na avenida Aracruz, em Campo Grande, a serviço da maior empresa de aplicativo do mundo.

Ainda segundo o APF, Luciano foi encontrado em uma casa e atendeu o chamado dos membros da Corregedoria. O relato diz que ele foi questionado e refugou ao dar uma resposta. Em seguida, justificou que fez uma troca na escala com um colega, mas foi alertado que não constava registro de alteração na agenda da PM. 

Ainda conforme o documento, instantes depois o PM disse que só falaria na presença do advogado. Ele recebeu voz de prisão e ciência que estava sendo investigado, além de ter a arma, celular e munições apreendidos. 

O crime atribuído a Luciano é de ‘’descumprimento de Missão’’, previsto no Código Policial Militar. 

Apesar da prisão e investigação, Luciano ainda mantinha no Facebook um anúncio que atuava como motorista particular. 

O advogado Rodrigo de Arruda foi acionado e aguardamos manifestação. 

Luciano Abel Facebook

           

                                                                       Luciano estava em uma moto quando foi atropelado por um carro dirigido por um advogado bêbado. (Foto: Reprodução Facebook)

Defesa

O advogado Rodrigo Iunes, que defendeu Luciano à época, garantiu que tudo não passou de um mal-entendido da Corregedoria. Ele afirmou que foi comprovado que o PM solicitou troca ao comandante, mas que este teria deixado de lançar a troca no sistema, por isso configurou como falta ao trabalho.

Iunes destacou que o processo sequer avançou e o Ministério Público teria intimado policiais a apresentarem o pedido da troca, mas o documento não foi mostrado. 

''Luciano era um apaixonado pela Polícia Militar. Ele ficou muito preocupado com o processo, mas disse a ele que nem ia ter denúncia...os próprios policiais iriam testemunhar a favor dele'', destacou o advogado. 
 

Acidente? 

O PM Luciano Abel de Carvalho Nunes estava de folga e transitava de moto pela avenida Centaurea, quando foi atingido pelo advogado Helder da Cunha Rodrigues, que seria pela avenida João Arinos, no Cidade Jardim, na manhã de segunda-feira (19). 

Após o acidente, Helder fugiu a pé e foi achado perto da Depac Cepol. A Polícia Civil achou uma garrafa de vodca pela metade no carro dele, um Cobalt. Ele foi submetido ao teste do bafômetro, que resultou em 0,76/mg/l.

Ainda segundo apurado pelo TopMídiaNews, o advogado apresentava fala pastosa, roupas esgarçadas e odor etílico.

Helder segue preso e, nesta quinta-feira (22), escreveu uma carta pedindo perdão à família de Luciano e também à Ordem dos Advogados do Brasil. 
 

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