Ministério Público Estadual chegou a conclusão, nesta quinta-feira (13), que a volta às aulas na rede particular de Campo Grande só deve ocorrer, talvez em setembro. Antes, a previsão de um possível retorno era de 24 de agosto, porém o avanço da covid-19 na cidade impediu a volta.
Em nome do MPE falaram as promotoras de Justiça, Vera Aparecida Cardoso Bogalho Frost Vieira, da Infância e Juventude e Filomena Flumignan, da Promotoria da Saúde.
Conforme Vera Aparecida, diante da eclosão de casos de covid na cidade, não será mais possível o retorno agendado para 24 de agosto. Agora, segundo ela, o MPE vai seguir analisando os dados da doença em Campo Grande.
Segundo a promotora Flumignan, os critérios objetivos para o retorno das atividades escolares não foram preenchidos. Um deles é a taxa de ocupação de leitos SUS da cidade, que hoje está em 79%. Embora tenha reconhecido que houve aumento no número de leitos pela prefeitura, de 176 para 305, a taxa de ocupação ainda é muito alta.
Ainda segundo Filomena Flumignan, teria havido consenso entre as promotorias do MPE e o setor da educação privada para o não retorno das aulas.
''O trabalho de ampliação foi importante, mas não suficiente'', observou Flumignan.
A próxima reunião entre o Ministério Público e representantes das escolas privadas deve ocorrer em 13 de setembro.
O secretário de Saúde de Campo Grande, José Mauro Castro Pinto Filho, também esteve no encontro, na tarde desta quinta-feira, e expôs a situação técnica da cidade. Ele destacou que ainda é muito arriscado a volta às aulas e pede que a população respeite o isolamento social.