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Campo Grande

03/06/2019 15:47

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MPE quer prisão imediata de PRF condenado por matar empresário em Campo Grande

Condenação por júri popular permite a reclusão de Ricardo Moon, diz promotor de Justiça

O Ministério Público Estadual pediu a prisão imediata de Ricardo Hyun Su Moon, policial rodoviário federal, condenado a 23 anos e quatro meses de prisão, na sexta-feira (31), por matar o empresário Adriano Correia do Nascimento, em dezembro de 2016. O júri popular entendeu que Moon não agiu em legítima defesa.

No entendimento do MPE, protocolado na Justiça ainda na sexta-feira (31), Moon não deveria ter saído do julgamento ''livre, leve e solto'' porque foi condenado pelo júri popular e a decisão dada pelo povo é ''soberana''.

''As decisões exaradas pelo Conselho de Sentença não podem ser substituídas pelas decisões de outro Órgão Judicial. Ou seja, a Magistratura Togada não pode se sobrepor à magistratura popular, já que esta é genuinamente soberana'', escreveu o promotor José  Arturo Iunes Bobadilla Garcia em seu pedido.

Para reforçar sua tese, o promotor de Justiça usou julgamento de um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal, onde o ministro Luis Roberto Barroso entende que a prisão imediata do condenado pelo júri popular não fere a presunção de inocência. Também aponta o fato do réu ter tido amplo direito de defesa e julgamento público.    

Para Bobadilla,  o fato do PRF seguir em liberdade ''vai na contramão da ordem natural das coisas e do sentimento mais básico de justiça''.

No julgamento, Ricardo Moon foi condenado a 14 anos de prisão por homicídio qualificado contra Adriano Correia do Nascimento e 4 anos e oito meses pela tentativa de homicídio qualificado contra Agnaldo Espinoza e 4 anos e oito mesese pela tentativa de homicídio qualificado contra Vinícius Cauã Ortiz, ambos passageiros da Hilux.   

Perseguição

Para o advogado de Moon, Renê Siufi, o Ministério Público Estadual promove perseguição contra seu cliente e não há razões para prisão antes do recurso.

O crime

Conforme a denúncia do MPE, na manhã 31 de dezembro de 2016, o policial rodoviário se deslocava para seu trabalho, em Corumbá, quando Adriano, que estava em uma Toyota Hilux com dois amigos, fez uma conversão à direita e quase colidiu no veículo do PRF.

O acusado perseguiu a caminhonete, desceu do veículo e abordou as vítimas já na posse de sua arma de fogo, dizendo que era policial e chamou reforço.

As vítimas chegaram a descer do carro e solicitaram que o acusado mostrasse sua identificação, visto que ele não estava fardado. Diante da recusa do policial, eles retornaram ao carro e Adriano ligou a caminhonete, iniciando manobra para desviar do veículo do acusado que estava impedindo sua passagem.

Quando iniciou o deslocamento, o policial efetuou sete disparos na direção deles. Após os tiros, o veículo do empresário prosseguiu descontrolado por alguns metros e chocou-se num poste de iluminação.

Adriano morreu no local, um rapaz, que era menor de idade, saltou do carro e teve fraturas e o outro foi atingido por disparos, mas foi socorrido e sobreviveu.

 

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