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Campo Grande

26/11/2019 15:15

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Preço da carne dispara e campo-grandenses já buscam outras opções

De coxão mole a músculo, valor assusta e picanha 'nem pensar' no churrasco do trabalhador

Os campo-grandenses estão repensando aquele churrasco com a família no final de semana, isso é devido à alta no preço da carne. Cortes como patinho, coxão mole, coxão duro e contrafilé eram comercializados de R$ 15 a R$ 22 o quilo, agora, podem ser encontrados até a R$ 33 o quilo, em alguns bairros de Campo Grande.

Nos açougues, ao perguntar para os funcionários o preço e dizer que temos medo de ouvir a resposta, eles simplesmente respondem: “Dona, eu é que tenho medo de te falar o preço”.

A alta do preço da carne vermelha tem uma explicação. De acordo com especialistas, isso se deve ao aumento de exportações. Outro ponto também foi às condições climáticas, já que em 2019, houve um longo período de estiagem, o que contribuiu para o pasto seco, o que não engordou o gado.

Somado ao período de festividades de final de ano, o aumento passa os 40% em alguns bairros.

A jornalista Rayani Santa Cruz, 32 anos, contou que tomou um susto ao ir ao mercado no último final de semana. Ela tem o costume de comprar coxão mole, mas diante do preço vai buscar alternativas.

“Assustei com o preço da carne quando entrei na fila do açougue. Eu sempre compro coxão mole, toda a minha família adora. Mas, com o valor de quase R$ 30,00 o quilo vai ficar difícil. O problema maior é que não podemos fazer nada para diminuir, é fora do nosso alcance. O jeito é se adaptar e escolher outras opções”.

A dona de casa Alexsandra de Melo, 43 anos, afirma que vai parar de comprar carne, optando por frangos, ovos e outras fontes de proteína.

“Não vou comprar carne no preço que está, é um absurdo. Nós somos o maior produtor de carne bovina. Ai o Governo abre para exportações e o trabalhador que paga o preço. Quero ver a hora que o povo começar a boicotar”.

Já o escriturário Fernando Campos, 27 anos, contou que foi fazer compras no final de semana e encontrou o quilo do patinho, que costumava pagar R$ 17, por R$ 32.

“É um absurdo, os preços subiram quase 60%. Até o músculo subiu. E o salário não acompanhou o aumento, churrasco nem pensar”, disse.

Nessa segunda-feira (25), a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, pontuou que os preços ficaram estáveis por muito tempo e que os produtores vivem um momento de euforia. Ainda segundo ela, o mercado vai se equilibrar, nem que para isso o Brasil tenha que importar carne.

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