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Campo Grande

25/05/2019 10:58

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Para abastecer a R$ 2,50, vale empurrar carro até posto para 'sair da reserva' em Campo Grande

No dia de ação sem impostos da Capital teve gente que chegou 17 horas antes e dormiu na fila para garantir senha

Com o preço da gasolina nas alturas, dois postos de combustíveis em Campo Grande viram a cena incomum de filas quilométricas de clientes se formarem neste sábado (25). Hoje acontece o Feirão do Imposto, quando o preço da gasolina é vendido com redução de tributos e custa R$ 2,50.

Para conseguir o preço que é quase metade do valor normalmente cobrado, valeu até o perrengue de empurrar o carro até a bomba e as horas de espera. Do Guanandi II, o churrasqueiro William Romário, 19 anos, diz que valeu a pena ir até o Centro e todo o esforço para a economia, para retirar enfim o aviso de ‘reserva’ no painel. 

William comemora o tanque cheio. (Foto: Wesley Ortiz)

“Chegamos aqui 4h da manhã, aí quando chegamos na quadra antes do posto acabou a gasolina do carro. Teve que empurrar, mas todo mundo ajudou, fizemos amizade com o pessoal”, diz ele, que ganhou até boné da empresa que fornece o combustível e contou com a ajuda do tio, que saiu de Dourados para visitar a família e garantir o preço.

‘Ajudante’, o mecânico Fabio de Oliveira, 36 anos, também comemora, e calcula que a economia foi de R$ 50 para 20 litros, quantia máxima permitida para abastecimento de carros na ação. “Vale sim a pena, tá muito cara a gasolina, hoje paguei R$ 50 no que pagaria R$ 100, R$ 110, por aí”, conta.

Conforme Marcos Silva, um dos organizadores da ação, teve quem madrugasse no local. De Terenos, o primeiro cliente chegou ontem às 16h de ontem para garantir o primeiro lugar da fila, mas quem chegou até o início da manhã de hoje conseguiu uma das 250 senhas distribuídas em cada um dos dois postos participantes.

'Não é dia de sonegação ou promoção', esclarece organizador. (Foto: Wesley Ortiz)

“Não é um dia de sonegação fiscal ou promoção, é um dia pra conscientizar que as pessoas abasteceriam muito mais, dariam muito mais lucro e seria bom para todas as partes se houvesse menos impostos. Precisamos de políticas coerentes parra essa relação de consumo, entender que a arrecadação seria muito maior com preço mais baixo, não o contrário”, analisa.

No posto na 26 de Agosto com a Calógeras ou nos altos da Avenida Afonso Pena, está presente a Agetran (Agência Municipal de Trânsito) para coordenar o fluxo. 

A ação ocorre também em farmácias, autoescolas e escolas de idiomas na Capital. Os estabelecimentos parceiros vendem produtos e serviços sem a cobrança de impostos, para ilustrar o quanto é cobrado pelo governo.

O evento sem fins lucrativos é incentivado pela Confederação Nacional de Jovens Empresários (CONAJE) e ocorre em diversas cidades do Brasil. Em Mato Grosso do Sul a iniciativa é da ACICG (Associação Comercial de Campo Grande) e conta com o apoio do Conselho de Jovens Empresários da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (CJE-ACICG); Observatório Social de Campo Grande (OSCG); Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes MS (SINPETRO); Confederação Nacional dos Jovens Empresários (CONAJE); e Curso de Ciências Contábeis da UCDB.

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