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Campo Grande

22/11/2018 14:12

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Para combater preconceito, escola faz processo inverso com viagem à África através da pesquisa

Escola foi recebeu premiação com projeto pedagógico ‘A África que a gente não conhece’

Já pensou em fazer uma viagem para conhecer os costumes e tradições da África? Pois, saiba que está é a proposta da professora mestre Myla Machado, 41, que atua na Escola Estadual Arlindo de Andrade Gomes, aqui de Campo Grande e faz sucesso entre os alunos, segundo ela, até os alunos que não abrem a boca, participam.

Myla é professora de História há 10 anos, o projeto de pesquisa pedagógico dela é intitulado ‘A África que a gente não conhece’, e tem como objetivo fazer o aluno sair da bolha de ver apenas o que os africanos deixaram no Brasil. Fazer o processo inverso, pesquisar e conhecer tudo sobre geografia, literatura, religião, gastronomia e cultura de um lugar que também possui suas riquezas.

Após a pesquisa, os alunos preparam o material para um seminário. Ao final apresentam para toda escola e recebem a visita de um Africano para enriquecer ainda mais o conhecimento.

 "Eu fico muito feliz, os alunos se dedicam, eles falam que vão à África sem sair daqui, é fantástico. E nisso conseguimos incluir inclusive os alunos especiais, neste ano nós participamos do Prêmio Respeito dá o Tom, e uma aluna aqui da escola que é especial se emocionou, pois conseguiu fazer toda a apresentação sem precisar de cola”, ressalta ela orgulhosa.

A escola ficou entre as três contempladas pelo prêmio realizado pelas Águas. A motivação de Myla veio de sua descendência, de família negra. 

“Aqui na escola temos ações durante todo o ano letivo para combater o racismo e conhecer mais sobre a origem africana, acredito que essas ações contribuam para diminuir e combater o racismo velado que ainda existe”, afirma.

Sobre o prêmio

A Águas Guariroba realizou nesta terça-feira (20), no Museu do MARCO, a cerimônia de premiação dos trabalhos finalistas do 1º Prêmio Respeito dá o Tom, voltado para o Dia da Consciência Negra celebrado no dia 20 de novembro, teve a participação do gari e rapper carioca, Jota Jr., conhecido pelos seus vídeos com mais de 20 milhões de visualizações que abordam várias temáticas sociais como a desigualdade e o preconceito racial.

Ao todo, 59 trabalhos foram inscritos e avaliados por uma equipe de 18 jurados nas categorias: vídeo, o projeto de pesquisa e artes plásticas. O 1º Prêmio Respeito dá o Tom nas Escolas foi direcionado para alunos do ensino médio de todas as instituições da rede estadual e escolas quilombolas de Campo Grande. Os três primeiros colocados receberam premiações em dinheiro.

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