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Campo Grande

11/04/2019 07:00

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HISTÓRIAS ESCONDIDAS: paraibana que nunca brincou faz do trabalho sua luta diária na Capital

Francisca vende frutas na saída para São Paulo, em Campo Grande, e sonho é tomar um banho de mar

É possível passar seis décadas sem nem mesmo saber o que é uma brincadeira de criança? Para a Paraibana Francisca Cardoso Pereira, 65 anos, a vida não foi nada fácil e a única brincadeira que tem na memória, também envolve trabalho.

“Eu lembro que eu varria a casa como brincadeira, pensando em como era ser adulta, acho que era assim que eu brincava. Naquela época a vida era muito difícil, não tinha isso de agora, crianças brincando, passeando, indo para parquinhos, brincando na areia. Começava trabalhando em casa, mesmo sendo muito pequena”, relembra.

Francisca hoje vende frutas na Avenida Gury Marques, saída para São Paulo, em Campo Grande, e com os olhos cheios de lágrimas recorda que nasceu em um estado que possui praias lindas, mas nunca teve a oportunidade de tomar banho de mar. “Nunca fui à praia, minha vida é isso aqui, é luta diária. Eu trabalhei na roça, depois começamos a trabalhar com frutas e assim estamos hoje”.

Mãe de três filhos, Francisca afirma que sempre batalhou para dar o melhor para a família e, mesmo assim, não teve sucesso ao se casar por duas vezes. “Eu me casei duas vezes, mas não deu certo. No primeiro relacionamento tive três filhos, sempre batalhei pela minha família, mas no amor, não deu muito certo”.

Recém-separada, a vendedora afirma que aceitou o convite do genro para trabalhar em Campo Grande, mas continua sendo moradora de São Paulo. “Eu morava em Castelo da Rocha, no meu estado, depois fui trabalhar em São Paulo e, agora, como me separei há pouco tempo, meu genro me chamou para trabalhar aqui e eu aceitei. Fico aqui um mês, 45 dias, depois vou em casa um pouco. Continuamos morando em São Paulo, aqui tem um galpão onde ficamos e durante o dia, vendemos frutas nas ruas”.

Questionada sobre as vendas de melancia, mexerica e laranjas, Francisca afirma que a saída das frutas varia. “Tem dia que vendemos bem, outros dias não vende quase nada e assim vamos seguindo. A vida é isso, temos que batalhar para ter o pão de cada dia”.

Sobre ser feliz atualmente, a vendedora reflete, volta a encher os olhos de lágrimas e responde que a ‘vida é muito difícil’.

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