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Campo Grande

16/02/2020 11:30

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Pequena Emilly está entre a vida e a morte por omissão do Poder Público, acusa família

Justiça ordenou que Município e Estado bancassem três cirurgias, mas não houve resposta

Advogado que representa a família da menina Emilly Vitória de Jesus, cinco anos, em Campo Grande, acusa Município e Estado de omissão, ao não bancar as cirurgias que a garota, vítima da síndrome de Moyamoya, precisa com urgência. A Justiça determinou que as operações fossem feitas, mas não houve resposta. 

A afirmação é do defensor Carlos de Arnaldo Silva Neto, 28 anos. Ele atua com o sócio Luis Paulo Nogueira de Jesus, 28 anos, e relembrou que seu escritório ficou sabendo do caso quando a família divulgou uma vaquinha para bancar as três operações que custariam R$ 100 mil, cada, e que seria a única opção de manter a criança viva. 

O defensor entrou com uma ação judicial e obteve vitória em 3 de dezembro do ano passado. 

''ISTO POSTO, e pelo mais que dos autos consta, hei por bem deferir o pedido de antecipação da tutela de urgência contida na exordial, a fim de determinar que, no prazo de 10 dias úteis, os REQUERIDOS forneçam a realização das 3 (três) neurocirurgias prescritas, todas a serem realizadas pelo Dr. José Francisco Pereira Júnior, bem como tudo o mais que se fizer necessário para o seu integral tratamento'', diz trecho da decisão judicial da 1ª Vara da Fazenda Pública. 

''As cirurgias seriam feitas em São Paulo, com um médico especializado na doença. Inclusive ele cobrou um valor abaixo do normal para operar’’, lamentou Carlos Arnaldo. 

Porém, diante da omissão, Emilly ficou padecendo entre idas e voltas ao Hospital Universitário. Para detalhes do caso, clique aqui

Segundo o pai, Valdesson Pereira de Jesus, a mais recente internação da filha foi no dia 29 de janeiro deste ano. No dia 31, a pequena sofreu mais um acidente vascular cerebral, fruto de complicações da síndrome. O HU informou à família que a criança teve morte cerebral, mas não tem um eletroencefalograma para constatar atividade cerebral dela. O pai acredita que a filha está viva. 

''O exame de Doppler deu fluxo sanguíneo no cérebro dela. Eu acredito que ela esteja viva. Mas não tem eletro para confirmar'', lamentou Waldesson. Segundo ele, o hospital não deu nenhuma alternativa para o problema. 

A falta de equipamento no HU expôs um impasse no caso de Emilly. Ela não pode ser transferida, por risco de morte. E a Santa Casa, hospital que possui o equipamento, não pode levar o aparelho até outra unidade. 

O advogado diz que estuda medidas judiciais e conversa com os médicos para tentar resolver o problema. Porém, conclui dizendo que toda essa situação só ocorre em razão da omissão do estado nas cirurgias. 

O HU disse que não vai se manifestar e pediu para o TopMídiaNews "publicar aquilo que quiser". Prefeitura e Estado não se pronunciaram em razão do fim de semana.

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