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Campo Grande

12/07/2020 09:30

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Policial civil é o primeiro a ser julgado pela execução por engano de Matheus Xavier

Vladenilson Olmedo nega as acusações

Processo que investiga a execução do estudante de direito, Matheus Coutinho Xavier, 20 anos, em 9 de abril de 2019, chegou à fase das alegações finais. O primeiro a receber a sentença deve ser o policial civil Vladenilson Daniel Olmedo. 

Conforme o processo e seguindo a ordem, o Ministério Público Estadual apresentou as alegações finais e, em seguida, a defesa do policial, comandada pelo advogado Alexandre Barros Padilhas. 

Segundo denúncia do MPE, Olmedo era tido como homem de confiança dos líderes do grupo de extermínio e responsável por articular pistoleiros, conseguir as armas e monitorar os passos da vítima. O objetivo da quadrilha, na verdade, era matar o pai do estudante, o policial Paulo Roberto Teixeira Xavier, que na época do crime, estava na condição de inimigo da família Name. 

Matheus foi confundido com o pai e acabou fuzilado em 2019. (Foto: Repórter Top)

No entanto, diz a defesa, a acusação contra Vladenilson é fraca e estaria baseada somente no depoimento de uma informante. Neste caso, o advogado sustentou que informantes em um processo não têm obrigação de dizer a verdade, ao passo que testemunhas só devem falar a verdade. 

Barros explica que o depoimento da informante ficou comprometido, já que Vladenilson e a mulher tinham relação profissional e sugeriu também que esta teria intenções amorosas como o réu. Ao não ser correspondia, a informante passou a ter ódio de Vladenilson, o que prejudica o depoimento dela. 

A informante, segue a defesa, teria dito na fase policial que se encontrou com Vlad no apartamento dela, onde o policial teria pedido informações sobre Paulo Xavier. No entanto, na fase judicial, a mulher teria dito que o encontro foi no escritório dela. 

O réu e defesa sustentam que esse encontrou nunca ocorreu e Vladenilson não precisaria pedir informações sobre Paulo Xavier, já que o conhecia há vários anos. 

Atualmente, Vladenilson está no Presídio Federal em Mossoró (RN) e pode receber a sentença a qualquer momento. O processo sofreu atrasos em razão da pandemia da covid-19, além de desmembramentos e adiamento de audiências. 

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