Ageu dos Anjos, de 44 anos, que é marceneiro e morador do bairro Nova Esperança, afirma que após protestos, a assessoria da prefeitura de Campo Grande e da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) foi até o bairro e garantiu que não haverá o fechamento da UBSF Nova Esperança, enquanto não houver locação de nova casa para atender a população.

“Nós primeiramente procuramos nos reunir e tentar ter uma resposta clara da Sesau e não tivemos. Começamos a divulgar o problema nas redes sociais e conseguimos trazer diversos vereadores para discutir o tema. Estamos fazendo abaixo-assinado para melhorar a situação e não deixar de atender a população, que tem necessidade.”

O pastor afirma que está marcado para o dia 1° de junho, às 8h, uma manifestação pacífica no local aonde teve início uma obra no Parati, ao lado do centro comunitário. Ele afirma que os moradores farão um mural com vereadores que apoiam a permanência da unidade no bairro e os que são contra.

“Depois do início das reportagens (clique aqui para ver), formos procurados por equipe da assessoria da prefeitura e pessoas dispostas pelo secretário. Eles dizem que não querem fechar. A Sesau disse que não tem a intenção de fechamento e que procura uma casa na região. Mas a gente sabe se tem casa que seja adequada para receber a UBSF. Tem que haver 15 cômodos no mínimo para se adequar e vai ser difícil achar.”

Ele explica que a prefeitura alega que não pode investir na casa onde já existe a unidade, porque o local não é publico. O valor que se sabe que é pago em aluguel é de cerca de R$ 1,2 mil. Segundo ele, a unidade não faz exames de sangue e os moradores são encaminhados para outros postos e tem apenas um dentista para atender os 9 mil moradores.

Além disso, embora não seja responsabilidade da população, ele está procurando imóvel para que a prefeitura verifique a possibilidade de alugar para não deixar de atender. “Mas a população quer construção de uma unidade na região e houve essa promessa por parte do Executivo. A assessoria disse que traria o secretário de Saúde para reunião com moradores nesta semana, em data e horários ainda ser definidos. Nós queremos a construção de uma unidade aqui. Tinha aquela obra que iniciou no Parati, mas que foi embargada e estamos há 20 anos aqui sem uma unidade fixa.”

Segundo Ageu, foi garantido que não haverá fechamento da unidade pela gestão, mas ainda não há uma casa em vista. Ele afirma ainda que alguns vereadores, sem citar nomes, fizeram alerta de que a intenção do executivo é fechar a unidade e transferir atendimentos para o Jóquei Clube.

“A situação é muito precária, além da permanência, nós precisamos da construção de uma unidade. E se não começar a construção agora, não vai haver depois. Estamos lutando para tentar entender o que aconteceu com uma obra que foi embargada ali no Parati.”