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Amor à profissão: entre altos e baixos, enfermeiros resistem a cargas exaustivas e grande pressão

Profissionais deixaram de ser apenas 'cuidadores' na visão de pacientes e gestores

08 maio 2019 - 19h00Por Nathalia Pelzl

Quem atua na área de enfermagem precisa lidar com as alegrias e desafios diários na profissão. Considerada como uma área de acolhimento, muitos profissionais se doam por completo para exercer o ofício e bater as várias dificuldades, como horas excessivas de trabalho, baixa remuneração e, principalmente, grande carga emocional.

Porém algumas conquistas merecem ser destacadas. O presidente do SIEMS (Sindicato dos Trabalhadores dos profissionais da Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul), Lázaro Santana enfatiza, por exemplo, que os enfermeiros deixaram de ser apenas 'cuidadores' na visão de pacientes e gestores, sendo uma parte de extrema importância no corpo clínico do hospital.

“A profissão em si, sempre foi vista como profissão do cuidar. Independente dos salários, das necessidades, nós temos que cuidar desse paciente. Só que, no decorrer do tempo, isso mudou, nós deixamos de ser apenas cuidadores de pacientes e nós temos hoje uma lei que regulamenta nossa profissão. Hoje a enfermagem, por exemplo, é o corpo do hospital,  não digo que substituímos todas as profissões, mas é a única que faz assistência 24h, manhã tarde e noite. Nós atendemos os pacientes o tempo todo, e nosso atendimento é um atendimento direto, de contato”.

Para ele, a classe ainda tem uma séria de necessidade que deveria ser organizada, para que assim fosse prestado um atendimento de excelência aos enfermos, mas ressalta que quem resiste a todos os problemas é por amor à profissão. 

“A enfermagem eu não vou dizer pra você que é um dom, eu não vejo dessa forma. Vejo que é uma profissão que você tem que gostar do que está fazendo, as pessoas que se envolvem com enfermagem hoje. Temos profissionais de 30 anos de atuação, que nunca saíram da área porque gostam de lidar com o acolhimento. Acho que isso tem muito mais a ver com a questão humanitária, nós somos uma classe diferenciada por conta disso”, finaliza.