Rômulo Rodrigues Dias, 35 anos, réu por matar e esconder o corpo da esposa, Graziela Pinheiro Rubiano, em abril deste ano, no Jockey Club, vai à júri popular em Campo Grande. A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (28).
O juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, de Campo Grande, Aluízio Pereira dos Santos, destacou na decisão que, embora o corpo não tenha sido achado, há indícios suficientes para apontar que Rômulo cometeu o assassinato.
Rômulo nega o assassinato e diz que a esposa fugiu para ter um relacionamento lésbico no estado do Paraná. A defesa dele chegou, inclusive, a pedir rastreio das contas dela para provar que ela está viva.
O crime
Segundo denúncia do MPE, Rômulo assassinou a esposa, provavelmente no dia 5 de abril. O relacionamento, segundo a peça, era abusivo, mas Grazi não conseguia se desvencilhar, já que o réu ameaçava se matar.
O crime teria ocorrido na edícula que os dois moravam, na rua dos Ipês. Assim que notaram o desaparecimento de Grazi, as amigas de trabalho e de curso técnico entraram em contato com Rômulo e este teria dito que ela teria fugido de casa para namorar uma mulher, no Paraná.
No entanto, a versão do réu gerou desconfianças, já que a vítima era tida como responsável e correta em suas ações.
Provas
Segundo apurado pela perícia, manchas de sangue foram encontradas na edícula e no carro do casal, sendo na calçada da residência, no interior do tanque de lavar roupas, numa escova de lavar roupas e em uma toalha. A acusação também aponta contradição nos depoimentos de Rômulo.
Para o MPE, Rômulo criou uma narrativa fantasiosa para ocultar o assassinato e a ocultação do cadáver, que até hoje não foi descoberto.
Após a perícia nas contas da vítima, o juiz deve marcar o julgamento do Rômulo, que está preso desde o dia 17 de junho.