A direção da Adufms (Seção Sindical dos Docentes na UFMS) protocolou ofício à reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul comunicando a decisão de assembleia de aderir à paralisação nacional nos dias 2 e 3 de outubro em “defesa da educação, contra os ataques a autonomia das universidades e aos/as docentes da instituição e contra o Future-se”.
Na Cidade Universitária Campo Grande, nos campi de Aquidauana (CPAQ), do Pantanal (CPAN Corumbá), de Três Lagoas (CPTL) e de Coxim (CPCX), os participantes da assembleia votaram favorável à adesão à greve de alerta. Com o comunicado, os docentes que aderirem ao movimento paredista não poderão ter os dias descontados.
Segundo o sindicato, os docentes viraram alvo de criticas do Ministro da Educação, Abraham Weintraub, “que espalha boatos com o objetivo de jogar a opinião pública contra a categoria, a qual chamou de “Zebra Gorda” que precisa ser atacada. Disse inverdades que a categoria trabalha apenas oito horas semanais e ganha salários acima de R$ 15 mil”. A postura do ministro foi condenada em nota pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN).
A Adufms alega que o Ministro da Educação promoveu cortes superiores a 30% do orçamento das universidades, impedindo a continuidade das pesquisas e prejudicando diretamente que depende de bolsas para se manter nas instituições.
Na UFMS, a situação começou a ficar crítica com suspensão de energia em período de atividade administrativa, cancelamento de passagens e diárias para professores que vão compor bancas e participação em congressos, atividades que contam pontuação nos indicadores de avaliação docente.
A paralisação em Campo Grande e nos centros do interior será acompanhada por ações nos dias 2 e 3 de outubro a serem divulgadas nas redes sociais.
(Foto: reprodução/Adufms)