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Cidades

11/12/2015 13:18

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Alerta para estragos e caos no Estado foi ignorado pelo poder público

Rompimento de barragem, crateras, destelhamentos, quedas de energia, famílias desalojadas, alagamentos, enchentes e demais rastros de destruição causados pela intensa chuva em Mato Grosso do Sul e, principalmente, no Centro Sul do Estado, poderiam ter sido evitados ou amenizados se houvesse mais divulgação ou planejamento. Essa afirmação é do meteorologista de Campo Grande, Natalio Abrahão Filho.

Já é de conhecimento público que diversas famílias ficaram desalojadas por conta das recentes chuvas nos municípios de Jardim e Bela. Com isso, o número de cidades no Mato Grosso do Sul que está em situação de emergência, até o momento, computa 18. Do total, 16 já foram reconhecidas pelo Governo do Estado: Tacuru, Naviraí, Itaquiraí, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Amambai, Iguatemi, Sete Quedas, Paranhos, Caarapó, Juti, Novo Horizonte do Sul, Japorã, Eldorado, Campo Grande e Deodápolis.

O meteorologista justifica sua afirmação demonstrando que praticamente tudo foi previsto. “Pediria a vocês o especial obséquio de ler o Prognóstico da Primavera. Enviamos este texto no dia 12 de setembro, o qual só foi divulgado e comentado nos dias 21, 22 e 23 de setembro. Depois ficou esquecido em algum canto. No entanto, se tivessem acompanhado os seus termos poderia ser reduzido ou evitado alguns dos eventos que hoje estão nos locais de emergência. Grato pela atenção”, diz nota repassada à imprensa na noite de ontem (10).

No documento, Natalio explica que tal estação é caracterizada por constantes ondas de calor, em razão do fenômedo El Niño (Chamado de El Niño – Bruce Lee). “Segundo os grandes centros mundiais, o país e o centro-oeste podem ter forte consequência com a atuação do aquecimento global para os próximos 24 meses”.

Além da previsão de estiagens severas no nordeste do país, o artigo revela que na região Centro Oeste haveria chuvas em pancadas fortes, entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Também estava previsto temperaturas elevadas para MS, acima dos 40ºC, com pancadas de chuvas mais intensas, em relação aos últimos anos no Centro Sul do Estado.

“Estas chuvas, acompanhadas de chances de provocar enchentes, inundações e transbordamentos nas bacias das regiões em Dourados, Rio Brilhante, Ivinhema, Angélica e no extremo sul entre Amambai, Sete Quedas, Mundo Novo, Iguatemi e Navirai, também em Campo Grande”, trecho do texto que confirma a alegação do meteorologista, a respeito da falta de planejamento. 

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