Gritando “Justiça sim, impunidade não!” familiares que perderam entes queridos em crimes violentos protestaram na manhã deste domingo, dia 13, na Avenida Afonso Pena.

Eles vestiam camisetas brancas e faixas pretas nos braços, e junto uma carreata seguia os manifestantes que estavam a pé, levando faixas que lembravam crimes antigos e recentes.

“Se todos se unirem, essa ideia vai fortalecer. As leis só vão mudar quando uma tragédia acontecer com o filho de algum político”, afirma Douglas Silvestre, de 24 anos, irmão de Daine Silvestre, executada pelo ex-marido.

Segundo a família de Daiane, ela foi morta no dia 4 de janeiro com quatro tiros, pelo ex-marido, enquanto dirigia pela Manoel da Costa Lima. O casal estava junto há 3 anos e tinha um filho que hoje está com 1 anos e 5 meses.

(Foto: Geovanni Gomes)

Organizado pela família de Erlon Peterson e pela associação “Mães Sem Fronteira”, o ato público também reuniu familiares de Eliza Samudio. “Viemos pedir para a população que não cruzem os braços, pois tem muitos jovens morrendo todos os dias”, diz Sônia de Fátima Moura, mãe de Eliza.

“Essa passeata pode tocar na consciência das autoridades para que muitas leis sejam mudadas”, ressalta Roberto Rech, de 29 anos, irmão de Rodrigo Rech morto no dia 24 de março por um policial civil em frente de sua casa.

Amigos de Erlon também estavam no ato pedindo por justiça. “Os pais do Erlon não vieram, eles ainda estão chocados com o que aconteceu, acredito que eles envelheceram uns 20 anos com tudo”, declarou Cristina Paula, 52 anos, irmã de igreja da família do empresário.

(Foto: Geovanni Gomes)

Segundo dados iniciais da Polícia Militar, pelo menos 2 mil pessoas participaram do ato que saiu da prefeitura, rumo ao Parque das Nações Indígenas.