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Cidades

31/12/2013 07:00

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Ano termina com conclusão de CPIs e impasse de mandato

Fatos e retratos de 2013

O ano de 2013 termina deixando na memória dos campo-grandenses fatos marcantes que tiveram grandes repercussões, dentro e fora da capital sul-mato-grossense, a começar pela tão malfadada área da saúde e a inflexibilidade na comunicação entre e os vereadores da Casa de Leis e o prefeito, Alcides Bernal (PP) , que iniciou o mandato com a demora na nomeação do secretariado. 

Comércio em Chamas 

Um dos incêndios mais graves, já presenciado na história recente de Campo Grande, ocorrido em maio, destruiu a loja Planeta Real, localizada na Avenida Afonso Pena. Segundo o Corpo de Bombeiros foram utilizados 20 caminhões d´água para combater o fogo que tingiu o céu da Cidade Morena com uma imensa nuvem preta de fumaça, causando medo e desepero.  O ano também acompanhou o desfecho trágico  do confronto entre indígenas e policiais durante a reintegração de posse da fazenda Buriti, a 70km da Capital, ocupada em Sidrolândia, que culminou na morte do índio Terena Oziel, 35.

 

Foto: Fabiano Arruda

Clamor popular

A  revolta popular também deu o tom em 2013. Em meados de junho, as principais ruas da Capital, foram palco de protestos incitados pelo "Movimento Passe Livre", de São Paulo que se propagou por todo país. Aqui, o "Movimento Vem pra Rua" trouxe estudantes, profissionais liberais, ativistas políticos e sociais que juntaram-se aos mais de 40  mil manifestantes que empunhavam palavras de ordem pela Avenida Afonso Pena. O ato, que deveria ser "um presta atenção" deu lado para o vandalismo, com o registro de inúmeras pichações e quebradeiras pelas ruas da cidade. Sem contar na prisão de seis manifestantes, dentre os quais o conhecido ator Eduardo Miranda Martins, o Dudu, que ficou detido por mais de três meses por suspeita de tráfico de drogas.

 

Foto: Vanessa Ricarte

 

Saúde sob suspeita  

Após investigação do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul, que constatou irregularidades no Hospital de Câncer Alfredo Abrão, a promotora Paula Volpe solicitou, em março, o afastamento imediato dos diretores do hospital. Na ação foi constatado que a unidade mantinha, desde 2004, contrato de prestação de serviços médicos, radioterapia e quimioterapia com a empresa Neorad, de propriedade do médico Adalberto Abrão Siufi, que na época exercia o cargo de diretor-geral do hospital. Segundo o MPE/MS, os contratos previam um acréscimo de 70%, além dos valores estipulados pelo SUS  (Sistema Único de Saúde) para os procedimentos.

Na operação Sangue Frio, desencadeada pela Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria Geral da União foram cumpridos, também, 25 mandados judiciais: 19 de busca e apreensão e quatro ordens judiciais de afastamento de funções de servidores públicos e empregados terceirizados do Hospital Universitário na Capital. As denúncias se desdobraram em criação de duas CPIs da Saúde (Comissão Parlamentar de Inquéritos) na Câmara Municipal e Assembleia Legislativa.  Os relatórios finais de ambas foram encaminhados para órgãos estaduais e federais.

 

Foto: ALMS

Perdas de mandatos

As cassações foram um capítulo à parte durante o ano de 2013. Cinco vereadores da Capital tiveram seus mandatos cassados, mas todos conseguiram reverter a situação. A mais recente decisão da Justiça Eleitoral atingiu Alceu Bueno (PSL) acusado de compra de votos com a distribuição de combustíveis, em agosto deste ano. Além dele tiveram os mandatos cassados em 2013 e recorreram da sentença: Delei Pinheiro (PSD), Mário César (PMDB) e Paulo Pedra (PDT), que participam normalmente das sessões, e Thais Helena (PT), que se licenciou do cargo para assumir a Secretaria Municipal de Assistência Social.

 

 

No entanto, a cassação que deu o que falar em Campo Grande foi a do prefeito Alcides Bernal (PP), que nem chegou a ocorrer. Indiciado por fazer licitações emergenciais e favorecer empresas “amigas” a Câmara Municipal instaurou uma Comissão Processante para investigar as possíveis irregularidades da administração de Bernal. Na última quinta-feira do ano, 26 de dezembro, teve início o julgamento que decidiria se o prefeito seria cassado ou não. Porém, após dez minutos, uma liminar suspendeu a sessão. Mas o embate não acabou por aí, já que na tarde do mesmo dia, outra liminar foi concedida revogando a suspensão do julgamento, permitindo que os vereadores voltassem aos trabalhos. Duas horas após o retorno do julgamento, outra liminar foi concedida, desta vez encerrando o dia mais tumultuado do ano na Câmara.

 

Prefeito obteve liminar favorável. Foto: Geovanni Gomes


Expectativas

O que mais chamou atenção do campo-grandense foi a briga entre o Legislativo e o Executivo Municipal. Para os entrevistados  ouvidos pela reportagem, 2013 termina abrindo caminho para que  em 2014, Campo Grande consiga conquistar novos rumos. “Espero que esse impasse seja resolvido no próximo ano para que a Capital consiga se desenvolver melhor” disse o aposentado Joaquim Nabuco, 89. “Que tenha mais mudanças e para melhor na política”, torce a estudante Danielle Xavier da Silva, 19. “Espero que haja mais diálogo entre os políticos e o povo”, resumiu o metalúrgico Heber Castilho, 28.

Perspectiva de Campo Grande vista pelo Parque das Nações Indígenas. Foto: Vanessa Ricarte

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