Foram mais de dez horas sem energia, depois da chuva e ventos fortes do último sábado (19). Assim descreve Clovis Aparecido Ferreira, 58 anos, morador da Vila Nhanhá, em Campo Grande.

Ele diz que a esposa Marta Rodrigues de Moraes, 51 anos, e a irmã Lucilene Vicente, 55 anos, foram as mais prejudicadas com o inconveniente. Segundo ele, foram várias tentativas de contato com a concessionária responsável pelo abastecimento, mas sem sucesso.

“Minha esposa tem diabetes e amputou a perna há um mês. Ela toma insulina e perdemos todos os frascos, pois eles ficam na geladeira e foram quase doze horas sem energia”, reclamou.

Lucilene Vicente, que divide terreno com o irmão, sofre com problemas respiratórios e precisa do auxílio de um ventilador, mas com a falta de energia teve que ficar do lado de fora da casa. “Não posso ficar sem o ventilador porque sinto muita falta de ar, mas no sábado a única saída foi ficar lá fora, assim como todos os vizinhos que moram na mesma região”, explicou.

A mulher diz que não é a primeira vez que o caso acontece e que já são cinco anos sofrendo com o descaso. “Aqui não pode dar uma garoa que já acaba a energia. Sempre ligamos para a Energisa e continuamos na mesma situação”, lamentou.

Foram mais de cinco chamadas, segundo Lucilene. “Todas as vezes que ligávamos, o atendente dizia que a partir daquele protocolo teríamos que esperar por cerca de quatro horas para o atendimento in loco. E assim a energia só voltou por volta de meia noite”, desabafou.

Em nota a Energisa explicou que, em casos como os citados acima, o cliente deve procurar uma agência de atendimento da concessionária, munido de documento com foto e laudo médico que comprove a necessidade para fazer um cadastro e a partir desse registro o atendimento é priorizado a esses clinetes.