O Aterro de Entulho Noroeste II que fica no macronel rodoviário entre as rodovias 262 (Três Lagoas) e 163 (Cuiabá), próxima à Universidade Anhanguera- Uniderp, em Campo Grande é constante alvo de polêmicas, em razão das irregularidades do local. Após denúncias de descumprimentos das leis, a equipe de reportagem do TopMídia News foi até o lixão do Jardim Noroeste constatar os fatos.
Um funcionário, que não quis se identificar, proibiu a nossa entrada pela Rua Terra Vermelha, alegando que teríamos que obter autorização da Prefeitura Municipal. No entanto, era possível ver pessoas e veículos adentrando na área e obtivemos informações com os populares da região.
Maria Vieira dos Santos, de 46 anos, contou que há mais de 15 anos trabalha com reciclagem e que o aterro está aberto a todos, mas prefere buscar seus produtos em outras áreas do bairro, para evitar conflitos. “Acabei de ir lá dar uma olhada, tem gente 24 horas por dia catando lixo. Mas eu prefiro catar na rua, já trabalhei muito tempo dentro do lixão. Desisti porque dá confusão demais, tem até crianças pegando materiais”, contou.
Outras pessoas preferiram não entrar em detalhes sobre o assunto e muitos dos recicladores estariam dentro do aterro sanitário, onde a equipe foi impedida de entrar.
Polêmica - Atualmente, o MPE (Ministério Público Estadual) investiga eventuais irregularidades, em razão das constantes denúncias. Dentre as questões levantadas trata-se do manuseio correto dos materiais depositados e se estão sendo queimados, com o objetivo de ampliar a área de descarte.
No dia 20 de setembro de 2010, o MPE e a Prefeitura assinaram Tac´s (Termos de Ajustamento de Conduta) para fiscalizar áreas de aterro de construção civil, sendo um deles o Jardim Noroeste. O fato era evitar que os aterros se transformassem em novos lixões.
O TAC previa a proibição da entrada de veículos, pessoas, e animais no local. A prefeitura teria se comprometido a isolar a área e implantar vigilância com segurança permanente. Mas, ao que tudo indica, isso não está ocorrendo hoje em dia. Foram feitas diversas ligações para o secretário municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação (Seintrha), Valtemir Alves de Brito, para tratar sobre o assunto, mas o telefone encontrava-se apenas desligado.