O bloqueio da fronteira entre o Brasil e a Bolívia completa 32 dias e conforme o presidente do Comitê Cívico Arroyo Concepción, Antonio Chávez Mercado, após uma reunião, foi decidido entre o setor de Transporte e Comitês Cívicos, tomar medidas mais radicais para reforçar o protesto.
A greve geral começou no departamento de Santa Cruz de la Sierra, ganhando força em outras regiões da Bolívia. Os manifestantes querem a realização do Censo Demográfico em 2023, porém, o presidente Luis Arce (MAS), promulgou decreto oficializando o Censo em 2024.
No começo das manifestações, conflitos aconteceram entre bolivianos a favor e contra a greve. Na área de fronteira com Corumbá, na noite do dia 21 de outubro, enfrentamento terminou com a morte do servidor público da Prefeitura de Puerto Quijarro, Julio Pablo Taborga. Três pessoas foram presas acusadas de envolvimento na morte.
Desde então, conforme o Diário Corumbaense, os comitês cívicos fecharam a fronteira, com pontos de bloqueios na linha internacional e em frente da sede do Controle Fronteiriço. Os bloqueios também ocorrem ao longo da estrada Bioceânica, que liga o Brasil e a Bolívia.
Lado de Corumbá
Desde o dia 17 de novembro, caminhoneiros brasileiros iniciaram uma mobilização com fechamento da fronteira do lado de Corumbá. O protesto segue os mesmos moldes, não é permitido carros e nem caminhões cruzarem para a Bolívia.
Até mesmo a entrada que dá acesso aos assentamentos está fechada, sendo permitida apenas a liberação do tráfego para moradores dos assentamentos. Buracos também foram abertos em estradas conhecidas como cabriteiras, por onde muitos veículos passavam para driblar o fechamento na linha internacional.
É que por alguns dias, em determinados horários, os manifestantes bolivianos abriram a passagem para carros de passeio e de parte dos caminhões com cargas de exportação. Os caminhoneiros que não conseguiram passar passaram a cobrar dos comitês cívicos uma posição definitiva: "Ou abre ou fecha de uma vez", decidiram.