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Cidades

14/01/2014 16:00

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Capital sente os efeitos das chuvas de verão e castiga a cidade com buracos

Buracos de Verão

14/01/2014 às 16:00 |

Carlos Guessy

Cratera aumenta dia após dia na rua Manoel Olegário da Silva com a rua Assef Buainain, quase em frente a DENAR no bairro Itatiaia. Foto: Geovanni Gomes

Entra ano, sai ano, e os problemas parecem que se repetem por toda Campo Grande. Enxurradas, sujeiras do lixo, alagamentos, casas inundadas, árvores caídas e muito mas muito buraco por toda a cidade. A equipe de reportagem do Top Mídia News percorreu na parte da manhã dessa terça-feira (14), por alguns trechos considerados críticos.

Desde a última quarta-feira (8), os temporais tem causado transtornos em regiões onde moradores não eram habituados a conviver com os problemas causados pelas chuvas. É o caso do bairro Itatiaia, região Leste. Na rua Manoel Olegário da Silva com a Assef Buainain, quase em frente a Delegacia Especializada Repreensão ao Narcotráfico (DENAR), os moradores das casas de esquina tem sofrido com os alagamentos e agora com uma cratera que se abriu bem na boca de um bueiro escondido a muito mato alto.


"A água da Lagoa Itatiaia transborda e desce tudo por essa rua (Manoel Olegário), pois aqui é o único bueiro que tem dessas quatro ruas pra cima. Estamos com medo, pois já afetou a nossa fossa que esta na calçada e pode avançar se não parar de chover. Nesse final de semana perdi minha cachorro da raça Basset afogada. Alagou tudo aqui, a água subi uns e palmos, não perdi meus móveis porque é tudo embutido, está no alto". Sobre o bicho de estimação "A raça é baixa, não sei se ela se desesperou, chegamos do mercado e encontramos ela morta", lamentou a dona de casa Erika Isabel Barbosa.

No momento que a reportagem chegou ao local, uma retro escavadeira estava estacionando na rua para começar os trabalhos de contenção da cratera. Segundo alguns funcionários da empreiteira que foi contratada para arrumar o local e não quiseram se identificar, embaixo da rua, nas manilhas especificamente estão cheias de gambiarras "Isso aqui foi um serviço muito mal feito. Já vem de governos anteriores, olha só como está mal feito. Se não parar de chover isso aqui vai desmoronar aí sim vai ficar feio o negócio", concluiu.


Já o vizinho Fábio Vieira, disse que de dois anos para cá que começou o alagamento na rua, "No temporal de sábado a água entrou para dentro de casa e medimos uns 10 centímetros. Molhou tudo a área externa da varanda de casa. Esse bueiro está entupido de lixo e mato, Semana passada a equipe da prefeitura veio jogar terra aqui para tentar diminuir o buraco, mas não adianta, com água não se brinca. Olha o tamanho que já está", concluiu o agente penitenciário federal, Fábio Vieira.

 



Outro ponto da Capital que está bastante prejudicado é na rua Portuguesa com a avenida Interlagos, na vila Maciel. A força da água que desce o Córrego Cabaça foi tão grande que arrastou muito lixo, entulho, e fez a calçada rachar e desmoronar o aterro que continha as paredes de sustentação, além de ameaçar a rua e os moradores das casas que moram ao lado da cratera de erosão que se formou com os temporais dos últimos dias.

"Eu moro aqui ao lado, estou com muito medo, olha essa situação, está afundando isso aqui. É muita água que desce lá de cima e como essa parte da rua é baixa inunda e parece um rio", comentou a aposentada Vera Lúcia. Já a dona de casa, Marta Florêncio, pedala todos os dias pela região e descansa na esquina para tomar um fôlego "Ontem na hora que eu estava descansando a patrola veio com alguns homens para sinalizar a rua. Tem que parar de chover para arrumar logo, é de dar medo mesmo", disse Marta.



Até na avenida Eduardo Elias Zahran, uma nova cratera se abriu, interrompendo o fluxo de carros para quem está no sentido centro/bairro, próximo a rotatória com a rua Joaquim Murtinho. Outro ponto crítico que tem sido alvo de intervenções da Prefeitura diz respeito ao trecho da Avenida Ernesto Geisel, entre as avenidas Salgado Filho e Manoel da Costa Lima, onde as margens do Rio Anhanduí têm desbarrancado, prejudicando o trânsito na via. Ações emergenciais já foram adotados, segundo a assessoria da prefeitura de Campo Grande.

Um buraco impedia o tráfego de veículos em duas das três faixas da Rua José Antônio, entre a Avenida Mato Grosso e a Rua Antônio Maria Coelho, no Centro. Segundo o secretário municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação, Semy Ferraz, houve o solapamento de uma rede pluvial no local. Uma equipe sinalizou a via e já arrumou em partes o local que agora aguarda a chuva passar para iniciar as obras de reparo.

Os institutos de meteorologia prevêem chuvas para quase todos os dias desta semana na Capital.  E a tendência das pancadas, segundo o Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul (Cemtec) é só aumentar, conforme os dias do verão.

Nestes primeiros dias  de janeiro, o centro de meteorologia averiguou 107 milímetros de chuva e o esperado para o mês é de 212. "As chuvas ocorrerão de forma típica do verão, com forte calor, com temperaturas podendo chegar a 31ºC, que acaba resultando na formação de grandes nuvens que geram os temporais, quase sempre no fim da tarde e à noite", disse a meteorologista Cátia Braga.




A assessoria da prefeitura foi procura para esclarecer o andamento das medidas que o prefeito Alcides Bernal tomaria com o caos que a cidade se encontra e até o fechamento da matéria não retornou os telefonemas. Logo após o horário do almoço uma das assessoras de imprensa do prefeito postou em seu facebook "Se você está de "saco cheio" de Campo Grande, faça um favor à cidade: mude-se, de preferência pra bem longe", escreveu a assessora. O seu comentário repercutiu nas redes sociais e gerou vários compartilhamentos e comentários da população, alguns apoiando e muitos criticando.

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