O cadastro de criminosos acusados de pedofilia já conta com 408 nomes em Mato Grosso do Sul. O banco de dados que pode alertar pais e mães foi instituído por lei estadual, mas os nomes ainda não se tornaram públicos porque os processos na Justiça não chegaram ao fim.
Conforme o deputado estadual Coronel David, autor da lei, em nenhum caso houve o que se chama de ‘’trânsito em julgado’’ nas ações penais e por isso os réus ainda tem oportunidade de recorrer da condenação. O parlamentar lamenta a situação, já que a sociedade precisa saber quem são os criminosos sexuais.
''Recentemente foram presos pedófilos que tinham fotografias e vídeos de crianças de cinco anos em cenas de abuso e violência sexual. Isso é uma barbaridade e é pior ainda quando a população não sabe com quem estava lidando. Um desses presos, por exemplo, era professor de matemática em várias escolas”, exemplifica sobre o direito das famílias em saberem quem são os criminosos.
O número refere-se inclusive aos casos com autores identificados desde 31 de julho de 2017 quando foi aprovado o projeto de lei do deputado. “São números que chamam a atenção e continuamos vigilantes quanto ao processo de transparência sobre os crimes sexuais cometidos contra crianças e adolescentes, que é um ato que gera revolta e marca para sempre a vida das vítimas”.
Vale lembrar que o cadastro foi instituído por meio da lei 5.038/2017 sancionada pelo Governador Reinaldo Azambuja e o cadastro está atualizado até o dia 30 de abril deste ano.